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EVENTO
UNICAMP: IEL debate Escola sem partido
Vitória Camargo

Ontem, dia 10/08, por iniciativa de docentes, o Instituto de Estudos da Linguagem promoveu um importante debate sobre o Escola sem partido na UNICAMP. A mesa contou com a presença do vereador Pedro Tourinho, pelo PT, de Dora Megid, professora e diretora da Faculdade de Educação da PUC-Campinas, Jorge Megid, da Faculdade de Educação da UNICAMP, e Petrilson Pinheiro, do IEL.

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O debate buscou ligar iniciativas reacionárias da Câmara de Campinas, como a Emenda da Opressão e a moção contra Simone de Beauvoir no ENEM, contra a chamada “ideologia de gênero”, ao projeto Escola sem partido, entendendo setores da mídia, como Globo e Veja, como aliados importantes de um avanço reacionário contra o campo da esquerda no plano nacional. Procurou-se discutir o papel do professor enquanto educador e o que há na raiz do projeto; como na realidade a suposta “neutralidade ideológica” que o Escola sem partido defende fortalece a ideologia dominante, da classe dominante, e que, ao contrário de “vulneráveis”, os estudantes não são folhas em branco, mas possuem vivências desde sua primeira infância que constituem pensamentos e opiniões diferentes e que os levam a assimilar o conhecimento de maneiras distintas.

Ao mesmo tempo, as intervenções pensaram o papel do educador pela desmistificação da ideia contida no projeto de que a família é a única capaz de transmitir valores e mostraram, inclusive, que a escola pode se contrapor aos valores da família na função de educar um indivíduo e edificar sua formação enquanto “cidadão”, combatendo preconceitos e opressões. Além disso, a escola deve fomentar o pensamento autônomo e crítico, mesmo no sentido de questionar a ideologia dominante em uma sociedade de classes antagônicas. A retirada desse tipo de pensamento, segundo os debatedores, levaria a entender o papel do docente enquanto um mero reprodutor de um conteúdo pronto, reificado, por fora de uma construção coletiva do conhecimento.

As contribuições do marxismo para a discussão da escola e do conceito de ideologia foram abordadas, assim como as diferentes análises da conjuntura nacional de modo a pensarmos os tipos de resistência que devemos desenvolver dentro e fora da universidade. Entretanto, ainda que as exposições dos integrantes da mesa tenham convergido em uma crítica que visava questionar pela esquerda a ideologia que vem sendo adotada nos projetos educacionais do atual governo Temer, nenhum deles mencionou o golpe institucional, nem mesmo Pedro Tourinho vereador pelo PT, e muito menos fizeram menção a qualquer balanço da conciliação de Lula/Dilma durante seus anos do governo com os mesmo reacionários que agora atacam a educação.

 
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