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OLIMPÍADAS DA EXPLORAÇÃO
“A Olimpíada, para gringo ver está muito bonita, mas para quem está trabalhando está um desespero só”
Redação

Trabalhar sem comida, sem beber água. Esta é realidade dos terceirizados em diversas instalações olímpicas segundo novas denúncias recebidas pelo Esquerda Diário. Em denúncia recebida por Whatsapp que intitula essa matéria fica evidente o contraste desses jogos onde as medalhas de ouro garantidas são da equipes do lucro e da exploração.

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O Esquerda Diário tem recebido várias denúncias sobre as terríveis condições de trabalho nas Olimpíadas. Compilamos aqui algumas informações que recebemos por meio de diferentes denúncias que nos chegaram por via de Whatsapp e Facebook. No domingo trouxemos o relato de uma trabalhadora terceirizada no Maracanã, hoje trazemos relatos da mesma situação acontecendo no vizinho Maracanãzinho, na Vila Militar e em Copacabana. Envie suas denúncias e opiniões sobre as Olimpíadas para o Esquerda Diário.

Nas instalações da Vila Militar (Deodoro) onde se realizam diversas competições como as de hipismo, tiro esportivo, mountain bike, entre outras, um voluntário relatou que os trabalhadores terceirizados da limpeza tem tido descontos para alimentação em seus salários, no entanto não tem recebido comida. O mesmo funcionário relata que debaixo do escaldante sol daquela é uma das mais calorosas regiões do Rio, os trabalhadores que realizam este extenuante trabalho sequer tem podido para suas atividades para beber água.

Ao lado do Maracanã, onde conforme denunciamos os trabalhadores recebem biscoitos Globo para se alimentar, no Maracanãzinho, onde se realizam os jogos de vôlei recebemos denúncia que os trabalhadores terceirizados da empresa RH Manpower que prestam serviço à Food Team realizam 8 a 9 horas de trabalho, sob o sol, sem água, ou lanche. No sábado várias trabalhadoras terceirizadas da alimentação nesse local passaram mal tendo recebido o seguinte como “cortesia” (assim essas patronais escravistas tratam o direito à alimentação): “um lanche (pão com patê, 1 bolinho da marca Ana Maria e um suco Kappo)”. Essa “nutritiva” refeição teria sido recebida às 19:30 da noite após uma extenuante jornada iniciada as 8 horas da manhã.

A crise econômica e o aumento do desemprego forçam trabalhadores a se submeterem a essas terríveis condições e somente sob ameaça de paralisação das atividades no dia de hoje (segunda-feira), o Esquerda Diário recebeu a informação que os funcionários desta empresa no Maracanãzinho “ganharam” o direito a se alimentar em refeitório.

As Olimpíadas são um fábrica de lucros, aos patrocinadores, à Coca-Cola, à Skol, À COI, à Rede Globo mas aos trabalhadores são reservadas essas condições análogas à escravidão. Coniventes com o lucro dessas marcas, das empresas de terceirização o ministério do trabalho e outros órgãos ainda não tomaram nenhuma ação, apesar de serem informados destas denúncias como nos relataram alguns trabalhadores.

 
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