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GOLPISTAS EM DISPUTA
Conflito entre os golpistas: O que está por trás das disputas entre o PSDB e o Michel Temer
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo

O PSDB decidiu acompanhar cuidadosamente todas as medidas adotadas agora pelo o golpista Michel Temer. O partido acredita que esse será o melhor termômetro para saber, na prática, as intenções do peemedebista de se colocar como candidato à Presidência em 2018. O assunto foi tratado pelo os integrantes da cúpula dos tucanos na terça feira (2), em almoço no gabinete do senador Tasso Jereissati.

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Esta conversa ocorreu no meio de revelações de que aliados de Temer já projetam um cenário em que ele, conquistando um bom indicie de aprovação popular, dispute as eleições em 2018. Porém os tucanos elegeram outro termômetro como principal fonte para medir o apetite político de Temer: sua agenda no Legislativo.

Segundo um integrante da cúpula tucana, se o golpista ‘’começar a jogar para frente’’ os ataques contra os trabalhadores e demais setores populares da sociedade, como a reforma da Previdência, haverá ai um forte sinal de que ele sucumbiu a ‘’uma pauta eleitoreira’’. No almoço desta terça feira, senadores do PSDB chegaram a dizer que o partido ‘’deu a presidência a Temer’’, e agora ele precisa ‘’dar um governo ao Brasil’’.

Ciente das desconfianças que as especulações sobre uma possível disputa á reeleição causaram no ninho tucano, Temer propôs um encontro com os principais nomes do partido, um jantar, na própria terça. A agenda de votações no congresso, entretanto, fez com que a conversa fosse adiada. Ela devera acontecer na próxima semana.

Quando setores ligados ao imperialismo começaram a articular o golpe institucional no Brasil, eles tinham o interesse de ter um governo no país que aplicassem ataques muito mais fortes do que o ex – governo Dilma estava fazendo. Ao ter consolidado o golpe institucional, a direita e o imperialismo estão enfrentando um dilema: Temer não foi eleito pela população e isso faz com que ele encontre obstáculos para impor estes ataques.

Algumas semanas atrás, a grande mídia burguesa fez uma discussão publica de ter a possibilidade de acontecer novas eleições com o objetivo de ter um governo ajustador que tenha legitimidade das urnas. Frente a este cenário, o governo golpista reagiu dizendo que até o final do ano os ataques contra a previdência e contra os direitos trabalhista vão acontecer. Esta postura fez com que Temer ganhasse ‘’uma nova vida’’ frente ao imperialismo.

Até agora Michel Temer conseguiu emplacar parte dos ataques, como a ‘’reforma’’ da previdência e a trabalhista, mas ainda está muito aquém do que setores do imperialismo estão desejando. Isso mostra que o imperialismo quer mais do que Temer já está fazendo e está disposto fazer toda pressão do mundo em cima do governo golpista para que estas medidas sejam levadas até o final.

Neste sentido, se João Doria ganha ás eleições para a prefeitura de São Paulo, o setor do PSDB representado pelo Alckmin tem um lugar estratégico para mostrar para o imperialismo que é capaz de impor medidas de privatização e ataques a classe trabalhadora. Se a ala representada por Serra, Matarazzo e Marta Suplicy ganha á prefeitura de São Paulo nestas eleições, o governo golpista de Temer sairia fortalecido.

Por trás deste jogo palaciano fica a seguinte pergunta: E a classe trabalhadora? Até agora as centrais sindicais como a CUT e a CTB que apoiam o ex- governo, mas também a central sindical golpista Força Sindical estão fazendo de tudo para acabar com qualquer possibilidade de uma luta seria contra este governo golpista e seus ajustes. O golpista Temer, assim como o PSDB, tem pleno conhecimento da imensa força que possui a classe trabalhadora e a grande possibilidade de que caso estas medidas de ajuste passar, este gigante adormecido pode acordar e além de acordar, pode ficar totalmente incontrolável.

Frente a este cenário é bastante necessário uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana imposta pela luta dos trabalhadores e demais setores populares da sociedade. Esta é a melhor saída de questionar profundamente este sistema capitalista que ataca os trabalhadores com medidas de ajustes e carrega no DNA os acordos de corrupção.

 
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