No último mês de abril, desembarcou na Líbia o Governo de Acordo Nacional (GAN), um governo armado pelos EUA que tem o apoio do ocidente junto com o respaldo da ONU e o apoio de países da região como Túnez e Argélia.
Comandado por Fayez Serraj, o GAN tem o objetivo de assentar o território para levar a diante os planos mais estratégicos do imperialismo norteamericano sem que EE.UU intevenha diretamente, derrotar o Estado Islâmico (EI) e avançar em toda a região de conjunto.
De todas as formas Serraj tem várias contradições internas, como por exemplo a resistência do Congresso Geral da Nação com sede em Trípoli e a Casa de Representantes em Tobruk, que não reconhecem o Governo de Unidade Nacional porque a Líbia tem três executivos que disputam legitimidade.
Neste marco, dá-se a primeira vez que Estados Unidos realiza uma ofensiva aérea a petição do governo de unidade para apoiar as forças locais. O ataque, que contou com a autorização de Obama, deu-se em Sirte, uma cidade da costa do mediterrâneo localizada a 400 km de Trípoli. Cidade que o EI havia capturado o ano e a converteu em sua base mais importante fora da Síria e Iraque, porém seus militantes estão confinados a uns pouco kilômetros do centro de onde controlam lugares estratégicos, incluindo o centro de conferências Ouagadougou, o hospital central e a universidade.
A chegada de GAN
A chegada de GAN abriu a porta para o início da operação militar na Líbia ao estilo da coalizão contra o Estado Islâmico na Síria e Iraque. Itália, França, Reino Unidoe EE.UU esperaram meses o estabelecimento de GAN na capital para poder legitimar as ações esporádicas que vinham cometendo, como o bombardeio contra um refugiado do EI em Sabarta em fevereiro.
A União Europeia também aguarda a permissão de Serraj para poder avançar em direção as águas Líbias na Operação Sophia. Antes, sem embargo, Trípoli e Tobruk devem transferir ao GAN todos os poderes e permitir que começe a trabalhar.
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