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UFMG
“Chapa 2 - Virada” vence eleições para o DCE-UFMG. O governismo e a direita saíram derrotados
Francisco Marques
Professor da rede estadual de Minas Gerais

Terminou ontem, 30 de abril, o processo eleitoral para o Diretório Central dos Estudantes da UFMG. Após dois anos de gestão, governismo perde eleições estudantis em um de seus principais bastiões.

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Na madrugada de hoje foram conhecidos os resultados que deram a vitória à Chapa 2 - Virada com 2348 votos, contra 1807 do governismo e 981 da direita. A chapa antigovernista é formada por militantes do PSTU, PCR, CST-PSOL, Isegoria-PSOL, Juntos e Coletivo LGBT MOOCA, junto a estudantes independentes.

Expressou-se o esgotamento do projeto dos últimos dois anos, de submissão do DCE à política da Reitoria e apoio ao projeto de universidade e educação do governo Dilma/PT. A “Chapa 1 - Podemos”, formada por militantes do PT, Levante Popular da Juventude e estudantes independentes representava este projeto, e foi derrotada não só na universidade como um todo, mas em faculdades onde há uma tradição petista forte, como a FAFICH, onde perderam por uma diferença de 4 votos: 284 contra 288 da “Virada”.

Nos últimos dois anos, por responsabilidade desta gestão, em nada se avançou para questionar e combater com mobilização estudantil a elitização da universidade, o racismo, machismo e homo-lesbo-transfobia estruturais, o trabalho precário terceirizado, a ligação da universidade a grandes empresas que lucram milhões em parcerias de pesquisa e a estrutura de poder antidemocrática e herdeira da Ditadura. Desde 2013, quando milhares saíram às ruas questionando a precarização da vida e responsabilizando os políticos governantes, o DCE não foi uma ferramenta de organização e luta dos estudantes. Nos últimos meses, quando a universidade e mesmo a educação de conjunto vem sofrendo cortes, permaneceu a apatia da gestão do DCE e do governismo, corroborando com os ajustes de Dilma, Joaquim Levy (Ministro da Fazenda) e Renato Janine Ribeiro (Ministro da Educação).

A Chapa 3, “Pra Frente É Que Se Anda”, formada por militantes do PSDB e estudantes independentes, recebeu 981 votos, com presença expressiva na Faculdade de Engenharia e ICEX (Instituto de Ciências Exatas), onde recebeu 506 votos. O resultado mostrou o rechaço dos estudantes a uma perspectiva conservadora e de direita, com a qual o governo PT faz coro nos cortes e ajustes econômicos e que está junto com Aécio Neves, Eduardo Cunha, Beto Richa (governador do Paraná que protagonizou o massacre aos professores do Paraná essa semana) e outros reacionários pela redução da maioridade penal, em defesa da terceirização e do PL4330, contra a legalização das drogas e do aborto e contra a criminalização da homofobia. Esta força política luta para aprofundar a elitização, a privatização e a presença das opressões na UFMG.

Agora está colocado um grande desafio para a ex-Chapa 2 - Virada, atual gestão do DCE: transformar em mobilização a imensa politização presente nos estudantes, questionando a universidade a serviço dos empresários e governos que temos hoje e se aliando aos trabalhadores em luta e à população em defesa da educação – começando desde já, se colocando e buscando mobilizar os estudantes em defesa dos professores em greve em vários estados e repudiando veementemente a violenta repressão sofrida pelos professores paranaenes –, dos direitos democráticos dos oprimidos e dos direitos trabalhistas que vêm sendo atacados pelo governo PT e apoiado pela direita, como desenvolvemos em texto escrito nesta semana. Lutemos por esta perspectiva.

 
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