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AMÉRICA LATINA
Aumenta a tensão no MERCOSUL pela transição da presidência do bloco à Venezuela
La Izquierda Diario Venezuela

Por pressão dos governos direitistas do Paraguai e Brasil foi cancelado o encontro do Conselho do MERCOSUL para decidir a transição da presidência temporária à Venezuela.

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Tradução do espanhol: Cassius Vinicius

A Reunião do Conselho do Mercado Comum do Sul prevista para este sábado (30) em Montevidéu, onde se discutiria a transição da presidência do bloco regional para a Venezuela foi cancelada, de acordo com a agência EFE segundo fontes do Governo de Tabaré Vázquez.

O cancelamento da reunião do Conselho do MERCOSUL se deu devido aos governos paraguaio e brasileiro informarem que não compareceriam ao encontro. A intenção uruguaia de confirmar o fim de seu mandato no dia 30 de julho manteve-se, apesar de Brasil e Paraguai manterem uma postura reacionária de não passar a presidência para a Venezuela.

Até ontem (29), a presidência do MERCOSUL esteve com o Uruguai e segundo a ordem rotativa seria a vez da Venezuela assumir o cargo a partir deste mês e durante os próximos seis meses, fato que tem a oposição do Paraguai e, agora, do governo golpista de Michel Temer. A estratégia desses países é pressionar o governo de Maduro e dar força a oposição de direita venezuelana aglutinada na coalizão Mesa de Unidad Democrática (MUD).

O conselho do Mercado Comum agrupa os ministros do exterior e da economia dos países membros do MERCOSUL e é o principal órgão de decisão do bloco, depois da Cúpula de chefes de Estado.

Embora nas vezes anteriores a transição da presidência (alternada por ordem alfabética) tenha sido automática, agora como argumento se coloca em questão a suposta interpretação do Tratado de Assunção (acordo fundacional do grupo assinado em 1991) e do Protocolo de Ouro Preto (1994) sobre como se deve realizar a transição. A Venezuela considera que a transferência do mandato é automática, enquanto que os outros membros do grupo entendem que a decisão deve ser tomada em conselho.

Porém, não são questões de protocolo ou de interpretação dos tratados que guiam os governos direitistas do Paraguai e Brasil, ainda menos questões democráticas ou de direitos humanos, se é que existe algum tipo de cumprimento desses países nesses quesitos, sendo o governo de Michel Temer proveniente de um golpe institucional. Trata-se de jogadas políticas do giro a direita na América Latina, com o aval do imperialismo, fazendo pesar a balança para o lado da direita regional.

 
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