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ELEIÇÕES
Denúncia do Golpe Institucional durante campanha divide petistas
Fabricio Pena
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Lançado a público a declaração de alguns dirigentes e candidatos petistas para as eleições municipais sobre a participação de Lula e Dilma nas campanhas, assim como denunciar o golpe institucional, mostrou a divisão petista sobre o tema.

Em São Paulo expressam uma divisão com mais apontamentos sobre os "cuidados" com a capital paulista. Querem evitar ao máximo a associação do nome do atual prefeito com as velhas figuras desgastadas com casos de corrupção, como foi na campanha anterior de Haddad onde Lula saiu ao seu lado chamando votos. Pintar um Haddad "novo", onde buscarão mostrar o quanto já fez pela cidade e o quanto longe desses casos está. O petista Aldo Fornazieri diz que "é um erro grave a estratégia de nacionalizar a disputa. Nesse caso, o eleitor sempre vota em função dos temas da cidade" e que "quem tem de se defender de denúncias é o PT, e não o candidato".

Já para Dilma, como declarou em entrevista nesta quarta-feira (27), "se for convidada" estará disposta a apoiar os candidatos "da grande base progressista". Porém, a tal base progressiva que para os petistas é "ofuscada" pelos esquemas envolvendo o PT, é soterrada com casos como a desocupação promovida pela Prefeitura de Haddad nesta semana, onde pôs cerca de 350 na rua como denunciamos aqui.

No nordeste teve maior adesão a incorporar a denúncia do golpe institucional, associando o golpe ao corte de programas sociais, lançando os nomes petistas como a possibilidade de barrar os cortes. Como defende o deputado federal José Guimarães (CE), um dos vice-presidentes do PT: "Se o PT souber capitalizar essa ideia do golpe nas eleições municipais, poderemos vencer a batalha, principalmente no nordeste".

A divisão do PT é em torno de uma busca de mais votos, não em barrar o golpe, nem em manter programas sociais e muito menos "tornar" Haddad algo progressivo. Como declara o senador Lindenbergh Farias (PT-RJ): "A nacionalização ajuda muito no Nordeste e no Rio, mas em São Paulo admito que o terreno é mais hostil". A velha lógica eleitoralista do PT de conciliação de classes, já tão entranha no estado burguês, não é capaz nem mais de durante as eleições denunciar o golpe que o próprio partido sofre. Mesmo com a principal prefeitura do país com grande chance de sair de suas mãos, preferem apresentar um partido dócil e comportado, que não enfrente em nada os planos dos imperialista em aprofundar a miséria e a exploração no país.

 
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