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TRIBUNA ABERTA
Catástrofe e mortes na periferia de Salvador
David Costa Rehem, Salvador
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Já são contabilizados dezessete mortos após os temporais que assolam a capital baiana desde a madrugada de domingo (26) até o dia de hoje (28).

Após quase um mês em que houve chuvas fortes e caos na cidade de Salvador, a tragédia se repete. Toda cidade ficou embaixo d’água, porém, desde a última chuva, quase nenhuma providência foi tomada pelos poderes públicos.

Os governos estadual (PT) e municipal (DEM) fecham os olhos e não tomam nenhuma providência. As encostas dos morros continuam vulneráveis e os moradores / trabalhadores da periferia são as principais vítimas.

Uma das providências tomadas após a última chuva foram as dragagens dos Rios das Tripas e o Rio Vermelho que cortam bairros nobres da cidade, na região do Iguatemi e Rio Vermelho. Porém, na periferia, nada foi feito. Mesmo com as ações nesses rios, eles transbordaram.

No bairro de Bom Juá e em outras localidades da periferia de Salvador, os córregos transbordaram. A Defesa Civil não atende aos chamados e apenas quando ocorre o pior, desmoronamentos e deslizamentos de terras.

A situação mais grave foi na comunidade de Barro Branco, nas proximidades da Avenida San Martin, que passa por um vale que corta os bairros de São Caetano, Retiro e Liberdade. No deslizamento de terra que atingiu o local, já são contabilizados oito mortos e uma jovem desaparecida. Os trabalhos de resgaste se iniciaram na madrugada de domingo para a segunda, feito por moradores e garis, antes mesmo da chegada dos Bombeiros. A Defesa Civil só chegou ao local quando o desastre ganhou notoriedade.

Enquanto isso, o prefeito da cidade, ACM Neto (DEM) contabilizava três mortos, quando o número já eram sete. O governo do Estado se dispôs a pagar pousadas para alguns dos desabrigados que já chegam ao número de quinhentos, mas moradores das zonas atingidas afirmam que a ajuda tem vindo para poucos (alguns estão abrigados em escolas municipais).

Para completar a tragédia, nos bairros periféricos os alagamentos foram agravados pelas ações da prefeitura que, na ambição de maquiar a cidade, mandou asfaltar ruas sem considerar a existência de bueiros. As tampas foram vedadas pelo asfalto, impossibilitando que, no momento do alagamento, as retirassem.

Nesses momentos percebemos para quem os governantes governam. Seja PT ou DEM a preocupação é sempre agradar a elite. Mas essas tragédias, apesar da dor infligida a toda população, devem servir de lição para que nós, trabalhadores e trabalhadoras, percebamos que não é uma simples maquiagem que solucionará nossos problemas cotidianos. As vítimas desse desastre têm cor e classe.

Socialismo ou barbárie!

FOTO: Manu Dias/GOVBA

 
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