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ELEIÇÕES ESTADO ESPANHOL
Com frustração do Podemos, a direita do PP vence as eleições mas mantém impasse no Estado espanhol
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As eleições espanholas mantiveram o impasse das última votação do 20D. Nenhum partido consegue a maioria parlamentar, e o novo governo virá de uma difícil composição de pactos que não pôde se dar em 2015. A direita representada por Mariano Rajoy e o PP crescem em número de deputados, tomando votos dos liberais de Ciudadanos, que retrocedem em votos. Já o PSOE, apesar de perder cinco deputados, consegue se manter como segunda força, graças ao estancamento da coalizão Unidos Podemos (Podemos e Izquierda Unida) que perdeu mais de 1 milhão de votos e foi o grande perdedor da noite.

O Partido Popular (PP) saiu vencedor da repetição das eleições gerais em Espanha, depois do 20D, subindo de 123 para 137 deputados. Os resultados confirmam, no entanto, a manutenção da grande fragmentação do voto, que vai obrigar os partidos a sentar-se novamente à mesa para negociar.

A formação liderada por Mariano Rajoy terá, assim, conseguido colher os frutos da campanha agressiva que lançou nos últimos dias para tentar captar o "voto útil", sendo a única formação política que aumenta o número de deputados. "Estou muito orgulhoso deste partido, a quem a sociedade espanhola deu o seu apoio maioritário", afirmou, desde a varanda da sede do partido, em Madri, onde a formação se juntou aos simpatizantes para celebrar a vitória. "Ganhámos as eleições, por isso reclamamos o direito a governar".

O crescimento do PP e a descida do Ciudadanos foram as principais alterações registadas na repetição das eleições, comparando com os resultados de 20 de dezembro, uma vez que os restantes partidos mantiveram praticamente a votação.

A maior surpresa da noite foi o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) conseguir segurar o segundo lugar, apesar de perder cinco deputados relativamente a dezembro. Os social-liberais conseguiram evitar a ultrapassagem pela coligação Unidos Podemos (ao contrário de todas as sondagens, que previam triunfo de Pablo Iglesias sobre o partido de Pedro Sánchez). O PSOE mantém-se assim "a principal força política da esquerda", afirmou Pedro Sánchez.

O desânimo tomou conta dos dirigentes do Unidos Podemos, que repetem exatamente os 71 deputados eleitos em dezembro, apesar de se apresentarem Podemos e Esquerda Unida em coligação. A formação não consegue, assim, retirar proveito da união dos dois partidos e fica longe de consumar o chamado "sorpasso" ao PSOE. "O resultado ficou aquém das expectativas", admitiu Pablo Iglesias após contabilizados os votos. O líder da formação garantiu, no entanto, que continua disponível para negociar "com as forças progressistas".

Com 32 deputados eleitos (menos oito do que há seis meses), o Ciudadanos foi o principal prejudicado pelo crescimento do PP, tendo poucas possibilidades de ser decisivo na formação do próximo governo.

Nem a união das duas formações de direita nem dos dois partidos de esquerda garante, no entanto, a necessária maioria parlamentar de 176 deputados. Ambos os cenários precisariam do apoio de partidos regionais, que mantêm praticamente o resultado registado em dezembro.

A Esquerda Republicana da Catalunha segura os nove deputados, enquanto o partido Convergência Democrática mantém os oito representantes eleitos há seis meses. Por sua vez, o Partido Nacionalista Basco perde um deputado (cinco), enquanto o partido independentista basco Bildu elege dois. Finalmente, a Coligação Canária repete a eleição de um representante no Congresso de Deputados.

 
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