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DECLARAÇÃO
MÉXICO: Basta à repressão assassina do governo contra o magistério em luta!
Movimento de Trabalhadores Socialistas (MTS)

Dia de fúria em Oaxaca: o governo Peña Nieto e o governo Cué lançaram mão de um brutal operativo repressivo em distinto pontos do estado.
Até agora, há oito mortos confirmados.

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Em Salina Cruz, Nochixtlán e Oaxaca de Juárez, a fúria do presidente Peña Nieto e do titular da Secretaria de Educação, Aurelio Nuño, se desatou contra o magistério da seção 22 e contra os setores populares que se levantaram junto aos professores em luta.

Com balas e gases lacrimogênios o governo quer afogar a luta contra a reforma educacional. A repressão, que até agora deixou oito mortos, numerosos feridos e detidos, se soma a prisão de Juan José Ortega Madrigal, dirigente da seção 18 da Coordenadora Nacional de Trabalhadores da Educação, e a passada detenção de vários dirigentes da seção 22, como Rubén Nunez e Francisco Villalobos.

Com esta selvagem repressão querem esmagar ao magistério que resiste, golpeando um dos setores da vanguarda (o mesmo que protagonizou a heroica Comuna de Oaxaca em 2006) e dar uma lição contra todos os trabalhadores e o povo do México, para amedrontar e conter a resistência contra os planos ditados pela Casa Branca e implementados por Peña Nieto e os partidos do ‘Pacto por México’.

Todos estes dias depois de uma grande manifestação realizada na Cidade do México, onde o magistério enfrentou a repressão de Mancera, cumplice do Partido Revolucionáiro Institucional (PRI). Mais de 14.000 pessoas se mobilizaram, e ali se expressou o apoio a luta dos professores: os pais de Ayotzinapa e os trabalhadores de distintos setores se fizeram presentes. Enquanto isso, a solidariedade e o apoio ativo se estendem no interior e o exterior do país.

Peña Nieto e Aurelio Nuño contra os professores

Depois do desastre eleitoral do PRI em 5 de junho passado em nível nacional, a ofensiva contra o magistério que enfrenta a reforma educacional se aprofunda semana a semana.

É que a prioridade de Peña Nieto, que enfrenta a mais baixa popularidade desde o inicio do ultimo mandato, é afogar os protestos para conseguir ao que seja a ‘paz social’ que exigem os governos imperialistas e os investidores internacionais.

Não é coincidência que o presidente tenha lançado seu anuncio de desenvolvimento das Zona Econômicas Especiais nos estados onde mais protestos sociais se registram: Oaxaca, Chiapas, Verracruz, Michoacán e Guerreiro. Justo os principais bastiões do setor de magistério.

Para Peña Nieto e Nuño, gerentes do capital internacional, é vital esmagar a unidade entre o magistério, setores de trabalhadores e setores populares que avança dia a dia.

Sejamos milhões nas ruas em apoio ao magistério

Frente a este salto no ataque contra o povo trabalhador é de vital importância rodear o magistério de solidariedade ativa.

Há que se impulsionar um grande movimento democrático nas ruas, unitário, que rodeie de solidariedade as professoras e professores que hoje sofrem a repressão em Oaxaca e coloque um basta a ofensiva repressiva. As organizações políticas, sindicais, sociais, intelectuais e personalidades, assim como as organizações de direitos humanos, teremos que impulsionar já uma grande mobilização. Devemos ser centenas de milhares e até milhões os que nas ruas diremos: Basta à repressão do governo contra o magistério! Julgamento e punição aos responsáveis pela morte dos companheiros assassinados pela repressão! Todo apoio as demandas da CNTE!

A convocatória realizada por López Obrador para domingo 26 de junho, já é tardia frente a selvagem repressão. Fazemos um chamado especial às bases do MORENA (Movimento Regeneração Nacional), que estão pela defesa das liberdade democráticas, a exigir à direção de seu partido que coloque todas suas forças já a serviço desta luta, nas ruas, em apoio ao magistério, participando das mobilizações, os plantões e as medidas que decidam as e os trabalhadores da educação. Não se pode esperar até domingo dia 26 de junho, o magistério requer já de todo nosso apoio e solidariedade.

Aos milhares de jovens e trabalhadores que confiam em López Obrador e que honestamente estão com os professores, propomos que exijam a sua direção que o chamado que realizou López não seja utilizado para o fortalecer eleitoralmente e que esteja a serviço de uma grande luta nacional contra a reforma educacional e a repressão. A tarefa do momento é colocar de pé um grande movimento democrático de milhões de trabalhadores, jovens e setores populares contra o governo repressor e suas instituições.

Assim mesmo, é urgente convocar uma grande campanha de solidariedade internacional, com ações de apoio diante das embaixadas do México, junto a pronunciamentos e declarações. Já temos exemplo de distintas agrupações de trabalhadores da educação de outros países que começaram a manifestar sua solidariedade, como pode se ver no ‘La Izquierda Diario’ Mx.

Por uma grande paralização nacional

Em particular, é fundamental a ação imediata dos trabalhadores para ‘torcer o braço’ de Peña Nieto-Nuño e rodear de solidariedade aos professores de Oaxaca em resistência e aos setores populares que saem às ruas. Desde as centrais sindicais que se reivindicam democráticas, como a União Nacional de Trabalhadores , até os trabalhadores industriais das centrais sindicais dominadas pelos dirigentes burocratas.

Foram dados passos até isso: a marcha do ultimo dia 14 de junho, onde dezenas de milhares de trabalhadoras e trabalhadores telefonistas, universitários, da saúde, eletricistas e rodoviários marcharam em solidariedade com o magistério combativo. E as declarações, a participação em outras mobilizações, como a do dia 17. Outras expressões de solidariedade, como oferecer serviços médicos por parte dos profissionais da saúde aos professores em luta, o apoio dos mineiros da seção 271 de Lázaro Cárdenas, ou o significativo apoio de trabalhadores da refinaria Donalí em Salina Cruz ao magistério e a seu povoado, que tiveram a agua potável arrancada.

Mas tudo isso não é suficiente. Desde o Movimento dos Trabalhadores Socialistas, consideramos que urge o chamado a uma paralisação nacional em repudio à selvagem repressão desatada contra o magistério. Uma paralização de todos os setores. Que não se mova nem uma folha em todo país, que se expresse o rechaço a nefasta reforma educativa que só pretende degradas as condições de trabalho do magistério, para logo avançar sobre o conjunto do povo trabalhador e precarizar suas condições trabalhistas e de vida. Uma paralisação em defesa da Coordenadora Nacional de Trabalhadores da Educação, porque com cada preso politico, com cada acusação contra a organização do magistério dissidente, pretendem avançar até a liquidação dos sindicatos. Os de cima temem a organização da classe trabalhadora, e por isso estão em campanha para destrui-la.

Chamamos em especial as 11,000 pessoas que deram seu voto a Sergio Moissen e Sulem Estrada, professores da Plataforma Anticapitalista, nas eleições para a Assembleia Constituinte, assim como aos que emitiram seu voto a MORENA como forma de castigar ao PRD, o partido governante da Cidade do México, a rodear de apoio o plantão na capital e a luta do magistério.

Sem esta batalha contra Peña Nieto, Aurelio Nuño e os organismos internacionais, os professores saem vitoriosos, será um triunfo para toda a classe trabalhadora e os setores populares do país e para a juventude.

Haverá melhores condições para que o conjunto do povo trabalhador enfrentem as reformas estruturais. Liberdade aos presos políticos! Basta da repressão de Peña Nieto e Gabino Cue! Todo apoio ao heroico magistério e ao povo oaxaquenho em luta! Abaixo a reforma educacional!

MOVIMENTO DOS TRABALHADORES SOCIALISTAS – Agrupação Política Nacional

"Tradução Raphael Mouro"

 
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