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POLÍCIA ASSASSINA
Mais uma morte pelas mãos do Estado: perícia revela que polícia assassinou garoto de 10 anos.
Ana Paula
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No dia 2 deste mês todo o país se chocou com mais um assassinato de uma criança pelas mãos da polícia militar paulista, a mais assassina do mundo, em uma perseguição. Com o claro objetivo de justificar, mais uma das milhares de execuções cotidianas a juventude negra da periferia, os quatro policiais envolvidos justificaram que houve troca de tiros entre eles e o garoto de 10 anos.

Nesta última quinta (09) saiu o resultado da perícia que atesta tese oposta, já que a arma utilizada já havia sido retirada do local pelos próprios policiais, além de não haver provas de disparos realizados do interior do carro, além do corpo do menino de 10 anos estar revirado.

Uma das contradições centrais do caso é o próprio garoto de 11 anos, amigo do garoto assassinado, que também estava no carro que no dia, e foi coagido a gravar um vídeo confirmando a versão policial no local, recentemente em consulta à psicóloga da corregedoria afirmou que não estavam armados e que a arma foi plantada pela polícia.

A própria comunidade na qual residiam os dois garotos afirma que o menino de 10 anos era demasiado pobre, que vivia de engraxar sapatos, era calmo e não andava armado. Expressando indignação à versão da polícia, que quer fazer acreditar a opinião pública que dois garotos um de 10 e outro de 11 roubaram um condomínio de luxo e além de furtar um carro trocaram tiros com os polícias, versão que nem mesmo o vídeo que está na internet, ou a testemunha de um prédio da região consegue comprovar.

Tamanha é a barbárie que o Estado teve de se “retratar” oferecendo a mãe do garoto atendimento psicológico e alimentício em reunião realizada recentemente, como mínimo frente a sua responsabilidade por mais esse assassinato. A mãe corretamente diz que o caso só virou um escândalo, pois aconteceu em um bairro nobre, porque na periferia essas execuções pelas mãos do braço armado do estado, a polícia militar, acontecem cotidianamente sem que tenha repercussão semelhante.

É absurdo que a juventude negra da periferia siga sendo morta e tendo seus sonhos ceifados pelas mãos do Estado, pela via de seu braço mais violento, que é a polícia militar, herdeira da ditadura, dos capitães do mato, defensores da propriedade privada e da burguesia, racistas, machistas e homofóbicos, que cometem todo tipo de barbárie e seguem impunes, com legitimidade para acabar com a vida de milhares de famílias ao redor do país.

Trata-se de uma instituição que precisa deixar de existir e que só serve para manter esse sistema de exploração a qual estamos submetidos, que nos reprime em nossas lutas por um mundo melhor. Não aceitaremos mais essa morte. Precisamos gritar em alto e bom som: Pelo fim da polícia militar!!!

 
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