Cortar gastos, flexibilizar as leis trabalhistas e enxugar a produção.
O programa da Ford visa mais eficiência para maximizar recursos e minimizar custos, principalmente agora neste período de crise econômica mundial. Reduzir gastos, diz a chefia, e por isso a demissão, o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), as férias coletivas, o layof, etc.
Segundo alguns trabalhadores com quem conversamos na porta da fábrica, a empresa apresenta um discurso de crise como muitas do Vale e do país. Os operários disseram que não há demissões em massa porque eles aderiram ao PPE, que termina no final deste ano, podendo ou não ser renovado por mais 6 meses.
Flexibilizar as leis trabalhistas é a palavra de ordem no governo Temer, o famoso "almoço" apertando botao proposto pela FIESP. A "ponte para o futuro" construída com o menor número de mão de obra cada vez mais precária e terceirizada.
A Ford de Taubaté está iniciando um projeto novo de motores e transmissões, mas, corre no chão de fábrica que a Ford em São Bernardo do Campo ameaça demitir 1000 trabalhadores, deixar de pagar a PLR do final do ano e congelar o salário por 3 anos. Um ataque que se acontecer certamente vai se espalhar para as outras plantas da empresa.
E o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté?
O sindicato, filiado a CUT, gerencia o PPE e as férias coletivas para evitar mais demissões. Fazem de tudo para conter os trabalhadores e agradar a empresa. A fabrica diz ter mão de obra excedente. Pelo baixo índice de produção e o mercado em baixa, acreditam que o PPE vai ser renovado por mais 6 meses ou vai vir de São Bernardo a proposta de cortar os gastos com mais eficiência: demissão, retirada de direitos e o congelamento do salário por 3 anos.
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