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LUTA EDUCAÇÃO
Apeoesp deve se unificar as lutas pelas educação
Danilo Paris
Editor de política nacional e professor de Sociologia
Maíra Machado

A luta pela educação vem sendo a ponta de lança da resistência em todo país contra os governos, seja o golpista de Temer seja nos estaduais e municipais, que avançam em seus ataques.

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Não é por acaso que as lutas pela educação se espalham pelo país, com secundaristas ocupando escolas, professores em greve e universidades públicas também em luta por melhores condições na educação, como é o caso da exemplar luta que os estudantes da Unicamp estão travando contra o reitor e Alckmin ocupando o prédio da reitoria. Este fenômeno da juventude, que não confia, com toda a razão, na "ponte para o futuro" que os golpistas e a direita oferecem, vem de anos de ataques contra a educação, que agora explode em lutas radicalizadas dos estudantes que querem construir por suas próprias mãos seu futuro.

Os ataques contra os serviços públicos essenciais para a população são contínuos e o golpe que colocou Michel Temer na presidência teve o objetivo claro de aplica-los com ainda mais firmeza e rapidez do que o próprio PT podia. A educação tem sido o principal alvo desses ajustes e cortes de verbas.

Para o ministério da educação, Michel Temer nomeou como ministro um antigo conhecido da educação em Pernambuco, Mendonça Filho, que apesar de ser do DEM e compor o governo golpista do PMDB tem em sua verdadeira face o PSDB, com sua política privatista para a pasta, como já deixou claro sinalizando que as universidades públicas podem cobrar mensalidades.

Em São Paulo a política do PSDB para a educação vem provando seu fracasso e seu objetivo de precarizar e ampliar o desmonte das universidades publicas estaduais. Sem falar, é claro, a politica criminosa que Alckmin e seus comparsas da quadrilha da merenda vem aplicando nas escolas estaduais e com a vida dos professores.

Na última reunião de diretores (19) e de conselho estadual (20) da Apeoesp Bebel, presidente do sindicato, e a chapa 1, (Artsind e Artnova), deixaram claro que a única via que pretendem adotar neste momento é o campo eleitoral, apostando na eleição de Lula em 2018, mantendo seu caráter de contenção das lutas e da mobilização dos professores, como é de costume das burocracias sindicais.

Nós professores do MRT viemos denunciando o caráter golpista do impeachment, como ficou escancaro com o recente vazamento dos áudios de Romero Jucá, e insistentemente viemos exigindo que a CUT e a Apeoesp organizassem uma verdadeira mobilização, seguindo o exemplo da juventude que ocupou as escolas, para barrar o golpe e os ataques dos governos. Mas mais uma vez CUT, CTB e as entidades estudantis deliberadamente não cumpriram o papel que poderiam de organizar a resistência da classe trabalhadora frente aos ataques da burguesia.

Neste momento em que as universidades estaduais se levantam contra Alckmin e os ataques dos golpistas é indispensável unificar as lutas pela educação. Seguindo o exemplo dos secundaristas de São Paulo, que ocuparam as escolas irradiando esse sentimento combativo e de luta para outros estados como Ceará, Rio de Janeiro e para o sul do pais, é preciso radicalizar e construir um movimento nacional pela educação e contra o golpe, com as universidades, escolas, professores e funcionários, impondo uma greve geral da educação em São Paulo.

Por isso exigimos, assim como viemos fazendo, que a assembleia de professores de amanhã, 24 de maio, não seja mais um show de horrores da Bebel e companhia e que se vote de fato um plano de luta de unificação com as estaduais paulistas e com os estudantes secundaristas, começando por compor o ato convocado pelos sindicatos e centros acadêmicos das universidades chamado para o mesmo dia.

Alem disso, o Encontro Estadual dos Estudantes em luta aprovou um chamado para construir no próximo dia 3 de junho para um dia nacional de luta pela educação e contra os cortes e a repressão, para unificar as lutas e enfrentar os governos estaduais e o golpista e Temer. Chamamos os professores a se incorporem a essa importante unificação das lutas pela educação.

A luta unificada da educação pode ser o exemplo que impulsione um movimento nacional de trabalhadores da educação e da juventude que responda também ao golpe imposto pela direita e pelo judiciário autoritário, com uma assembleia constituinte imposta pela luta, que acabe com os privilégios de políticos e juízes e que dê um basta aos ataques.

 
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