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ARGENTINA: PROFESSORES CONTRA O GOLPE
Nós professores devemos levantar a bandeira: ’Abaixo o golpe no Brasil’
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Declaração da Corrente Nacional de professores 9 de abril – La Marrón –Frente de Esquerda ante o avanço do golpe institucional no Brasil e a luta dos trabalhadores da educação e estudantes.

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Abaixo o Golpe Institucional no Brasil! Não aos ajustes do PT!

Viva a luta dos professores e estudantes do Brasil! Repudiamos a repressão aos trabalhadores da educação!

Professores da Corrente Nacional 9 de abril declaramos repúdio ao golpe institucional no Brasil e convocamos um ato do PTS-Frente de Esquerda em frente a embaixada. Devemos cercar de solidariedade os professores, trabalhadores da educação e estudantes do Rio de Janeiro e São Paulo que estão lutando nas escolas e repudiar a repressão aos trabalhadores da educação do estado de Minas Gerais. Contra o ajuste em toda a América Latina.

A Câmara dos Deputados do Brasil, votou a destituição da presidenta Dilma Rousseff. Em alguns dias, o Senado terá que reafirmar ou rechaçar este resultado, que a tiraria imediatamente de seu cargo por um período máximo de 180 dias, no caso de avançarem com o impeachment.

Centenas de deputados, cheios de enormes privilégios e denunciados por corrupção e outros crimes, decidiram sobre a vontade de milhões de eleitores para impor um rumo mais reacionário ao país, uma política de maior ajuste se aprofundará sobre as costas do povo pobre e trabalhador.

No Brasil está em curso um verdadeiro golpe que, se consumar-se, implicará na chegada ao governo Temer e Cunha, também processados por corrupção (com o apoio do Supremo Tribunal Federal, dos industriais de São Paulo e de corporações como a Rede Globo), aqueles que levarão adiante um ajuste mais duro que o que já vinha aplicando Dilma.

É um golpe extremamente reacionário, como ficou evidente na votação de domingo passado onde houve deputados que votaram o impeachment em nome da Polícia Militar, das Forças Armadas, dos ruralistas que perseguem os indígenas, da igreja, da família patriarcal, incluindo a ditaduta militar e o torturados Brilhante Ulstra.

O julgamento de Dilma é produto de uma dura luta política entre a oposição e o PT, onde se tiram uns aos outros com casos de corrupção e acusações várias e o que fica evidente é que todos os partidos do regime estão afundados no mesmo barro. O PT no governo levou sua degradação a níveis extremos, assimilando os métodos capitalistas de corrupção para governar e buscando desviar das demandas populares que haviam tomados as ruas em 2013. Para seu segundo mandato Dilma fez campanha prometendo que não ia ajustar, mas foi só assumir que começou a implementar um brutal ajuste contra os trabalhadorese o povo pobre restringindo benefícios como auxílio doença, seguro desemprego, pensão por falecimento, redução de horas de trabalho e de salário, demissões no Estado e restrição de aumento salarial, entre outros.

Enquanto isso as direções sindicais ligadas ao PT não promovem um enfrentamento nas ruas dos ataques aos trabalhadores, sem medidas à altura, como paralisações com panos de luta para que esta crise não seja paga pelos trabalhadores.

Professores e estudantes em luta em defesa da educação e contra o golpe.

Entretanto os trabalhadores e estudantes não ficam de braços cruzados, como mostram no Rio de Janeiro a juventude ponta-de-lança com mais de 70 escolas públicas ocupadas que começou com as reivindicações diante dos problemas estruturais, das instituições caindo aos pedaços, conta a superlotação das turmas e sobretudo em apoio a greve de professores em Contagem (MG).

Por exemplo, os trabalhadores da educação, que seguem em greve desde o dia 22 de março, e ocupam o gabinete do prefeito Carlin (PCdoB) para que atenda com a categoria e suas demandas. Na segunda-feira o prefeito Carlin Moura inimigo da educação e da saúde, indo contra o direito de greve dos trabalhadores, tenta cortar os salários correspondentes aos dias de greve dos educadores e enviou no mesmo dia a guarda municipal e a polícia militar, que reprimiram a ocupação lançando gás de pimenta até em professoras grávidas. Desde La Marrón – 9 de abril repudiamos a repressão aos professores e convocamos a cercar de solidariedade sua legítima luta.

O Centro Acadêmico Professor Paulo Freire (CAPPF) de Pedagogia da USP já se pronunciou contra o julgamento político: “Repudiamos a absurda declaração na Câmara durante a votação do domingo. Assim, reafirmamos nossa posição contrária à destituição, que só serve aos interesses daqueles que oprimem e exploram milhões. Sabemos que foi o PT, que abriu caminho para esta direita reacionária (...) fazemos um chamado a todos os jovens, centros acadêmicos e organizações estudantis para contruir um plano de luta forte que possa deter o golpe institucional, os ajustes de todos os governos e lutar em defesa da educação”.

Sabemos que com o desembarque de Obama em seu “quintal” a educação está em risco. O México segue adiante numa dura luta por parte de Magistério contra as políticas neoliberais de “reforma na educação” com a avaliação docente, que já levou a mais de duas mil demissões. Esta sequência de reformas foram implementadas também no Chile entre 1995 e 2004, e mais recentemente no estado de São Paulo, sendo proposta para o Rio de Janeiro. Na Argentina, já há declarações do Ministro Bullrich que começará uma etapa trianual de avaliação de alunos do terceiro grau.

Desde La Marrón – 9 de abril oferecemos todo apoiop aos docentes, estudantes e aos trabalhadores e o povo brasileiro que enfrenta os ajustes e a direita no país. Estes acontecimentos se transformaram em um dos eixos político-sociais mais importantes a nível internacional, não nos limitemos a fronteiras, lutar contra o golpe no Brasil é inseparável da luta contra o ajuste na Argentinha. Se triunfa o golpe institucional, se fortalecem as direitas latinoamericanas.

Por isso, para o Dia Internacional dos Trabalhadores, dia de luta da classe trabalhadora, convocamos no sábado dia 30, às 16h, o único ato contra o golpe que se realizará no nosso país, em frente a ambaixada do Brasil (Cerito e Alvear) junto a dirigentes da esquerda brasileira, dom referências do PTS e da Frennte de Esquerda como Nicolás del Caño e Myriam Bregman, para gritar bem forte: Abaixo o golpe!

A CTA chama a apoiar os ajustadores

A CTA dos Trabalhadores, na pessoa de Hugo Yasky, disse não ao golpe mas se alinham ao governo Dilma e Lula. Sua falta de independência política é evidente, durante 12 anos junto a Ctera (Confederação de Trabalhadores da Educação da República Argentina) tentaram levar os trabalhadores a seguir o projeto de Cristina, enquanto não convocava paralisações nacionais e um plano de luta para unir as lutas em todo o país e sem recorrer às instâncias democráticas para que as bases decidam. Hoje em dia, deveriam enfrentar a direita e os ataques do governo de Macri como também da Frente para a Vitória, como em Santa Cruz e Tierra del Fuego, mantendo a trégua até esta sexta-feira dia 29, chamando mobilização junto a outras centrais sindicais.

Desde La Marrón – 9 de abril exigimos até o dia 29 uma paralisação e um plano de lutas votado em assembleias e plenárias de delegados, onde também colocaremos em discussão e votação uma verdadeira campanha internacional de apoio ao povo do Brasil contra o impeachment e os ajustes, tanto os do governo do PT como os que se tentarem impor logo que caia Dilma, é decidir por uma alternativa independente dos trabalhadores. Acreditamos que esse deveria ser a política de todas as organizações sindicais, estudantis e sociais frente a estes acontecimentos.

Chamamos a todos os professores a cercar de solidariedade o povo brasileiro, levantando desde cada escola a consigna: “Abaixo o golpe e o ajuste no Brasil e em todo o continente”.

 
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