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MINISTROS DE TEMER
Enquanto o golpe avança, Temer compõe seu gabinete
João Alberto
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Foto: ASCOM/VPR

Com o avanço do golpe no Senado e o provável afastamento de Dilma Roussef dentro de algumas semanas, o vice-presidente Michel Temer começa a sondar nomes para a composição de um futuro ministério. A articulação desse governo, que poderá assumir enquanto o golpe institucional avança, é feita agora sem pudores. Entre os nomes cogitados (e elogiados pelo próprio Temer em entrevistas para mídias burguesas), estão o de José Serra, Henrique Meirelles, Eliseu Padilha e Geddel Vieira Lima, sendo estes três últimos ex-ministros de governos do PT.

O tucano José Serra, cotado para a pasta de educação, é ex-ministro da saúde do governo FHC e ex-governador de São Paulo. Enquanto ocupou o governo paulista, comandou a polícia que mais mata no mundo e promoveu um dos maiores ataques às universidades estaduais, propondo os decretos que acabavam com a autonomia universitária. Tais decretos só foram barrados com fortes mobilizações na USP, UNESP e UNICAMP.

Henrique Meirelles, cotado para ser ministro da fazenda, foi presidente do Banco Central durante o governo Lula. Oriundo do mercado financeiro, e presidente de conselhos de administração de diversas empresas, Meirelles foi um dos responsáveis pela implementação da política lulista de "autonomia" do Banco Central. Autonomia que só favoreceu as políticas econômicas propostas pelo setor privado, como as variações da taxa SELIC.

Eliseu Padilha (PMDB) foi ministro dos transportes de FHC e ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil sob o governo Dilma, tendo saído desse último cargo na mesma semana em que Eduardo Cunha aceitou o pedido de impeachment da presidente (em dezembro do ano passado). Geddel Vieira Lima, também do PMDB, foi ministro da Integração Nacional no segundo mandato de Lula. É pecuarista e possui fazendas de plantação de cacau.

Tais nomes indicam quais interesses um futuro governo Temer deve vir a privilegiar. Figuras com perfil "técnico", como Padilha, e nomes com maior ligação com o mercado e as bancadas conservadoras (como a do agronegócio), para formar uma equipe que aplique os ajustes sobre os trabalhadores de modo eficiente e sintonizado com a burguesia.

Resistir contra os ataques que virão sobre a classe trabalhadora passa, urgentemente, pela luta contra o golpe. É necessário construir, a partir das entidades sindicais e estudantis, um forte plano de lutas contra o impeachment e os ajustes, utilizando os métodos da nossa classe, denunciando essa direita reacionária representada pelos nomes cotados para os ministérios, e ao mesmo tempo apontando que foi o PT quem abriu espaço no governo para essa direita. Por isso é preciso radicalizar a luta contra o golpe e os ajustes dos governos nesse 1º de maio, exigindo das centrais sindicais um plano de lutas de combate.

 
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