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DEMISSÕES SÃO BERNARDO DO CAMPO
Mercedes-Benz vai demitir 500 trabalhadores da sua planta em São Bernardo do Campo
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Este ataque atinge 500 dos 715 trabalhadores que estavam em Lay-Off (suspensão de contrato), a montadora alemã diz que demissões são devido a retração de 39% na vendas de caminhões.

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Esta semana trabalhadores da Mercedes que estavam em lay-off a quase dez meses foram surpreendidos em casa com a entrega de telegramas da montadora, a correspondência pedia para eles comparecerem ao departamento de recursos humanos para informa-los sobre as condições do PDV(Programa de Demissão Voluntária) e das demissão que devem ser efetivadas em 4 de Maio três dias após o dia do trabalhador, a montadora diz que as demissões se devem ao recuo de 39% nas vendas de caminhões o que gerou excedente de 1.200 trabalhadores na fabrica que conta com 10,5 mil operários e uma ociosidade produtiva superior a 40%.

A montadora informa que os 500 trabalhadores podem aderir o PDV até dia 27, o pacote garante pagamento de 28,5 mil para quem esta trabalhando e um adicional de 11,5 mil para os que em lay-off, o diretor de Comunicação e Relações Institucionais da Mercedes, Luiz Carlos Gomes de Moraes defende-se dizendo que "Somando todo o período que os trabalhadores estão em lay-off e mais esses nove meses de salário, significa que estamos bancando 20 meses de renda sem atividade de trabalho".

O Sindicato dos Metalúrgicos do Abc convocou assembleia na porta da fabrica para Quarta-Feira (22/04) com encaminhamento para greve. Segundo o diretor do sindicato e integrante do CSE (Comitê Sindical de Empresa) da montadora, Moisés Selerges Júnior, a entidade foi surpreendida com a informação de que a empresa iria fazer as dispensas. “Eu trabalho há 30 anos na Mercedes e não me recordo de a montadora fazer demissões através da imprensa”, disse. “A resposta será dada na frente da fábrica”, acrescentou.

O PDV não é um bom negocio para os trabalhadores já que a região vem demitindo em todos os setores, só na indústria 2.970 postos de trabalhos foram fechados no mês de Março e o acumulado dos três primeiros meses do ano (diferença entre contratações e demissões) é negativo em 4.050 postos de trabalho na indústria das sete cidades. Embora o dinheiro do acordo seja atraente a primeira vista de certo ele tem fim e conseguir um trabalho no próximo período será uma tarefa difícil, alta nos preços e o avanço da terceirização com certeza contribuem para que o trabalhador que hoje aceite o PDV amanha se insira em um trabalho precário.

O sindicato mais uma vez faz promessas e fala em tom grosso, mais são os mesmos que defendem o lay-off como solução dos problemas para crises e durante o PDV pressionam os trabalhadores a portas fechadas para aceitar o pacote e prometem estabilidade e benefícios que já mais existiram. Como os trabalhadores da Volkswagen fizeram no inicio do ano barrando as demissões, chegou a hora dos operários da Mercedes-Benz lutar contra a demissão dos 500 companheiros, não é justo os trabalhadores pagarem por uma crise que não é sua para manter o lucro do patrão. A luta pelos companheiros demitidos também é a luta para defender o único meio que o trabalhador tem de viver que é o seu emprego.

 
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