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PSDB usa novamente o Metro-SP para apoiar o Impeachment
Helena Galvão
Economista
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Numa semana conturbada para a política brasileira, com a votação da câmara dos deputados que decidirá sobre o Impeachment da presidente Dilma nesse domingo, nós cipistas colhemos denúncias nos locais de trabalho de que a direção do Metrô de SP convocou os trabalhadores metroviários das estações para fazer hora extra e garantir os atos desse domingo, principalmente nas estações da Avenida Paulista onde ocorrerá o ato da direita dos apoiadores do Impeachment.

Não é a primeira vez que o Metrô de SP tem essa política, ligada aos interesses da direita e do governador Geraldo Alckmin do PSDB. O Esquerda Diário vem denunciando como desde o começo das manifestações da direita o Metrô vem garantindo um esquema operacional diferenciado para o público que vai a esses atos, chegando ao cúmulo de no dia 13 de março, na principal manifestação da direita pró impeachment, chamar os metroviários para realizar horas extras. Nesse domingo, isso se repetirá.

A Companhia do Metropolitano de São Paulo lançou no início desde ano uma carta aos metroviários pedindo compreensão diante do cenário de crise econômica e que sob essa justificativa realizaria uma série de ’medidas contingenciais’. Entre estas estão, a suspensão de novas contratações e a suspensão de horas extras no Metro, em especial nas estações. Essas medidas, em conjunto com a falta de quadro de funcionários já bastante antiga (por falta de contratação) vem agravando a cada dia os transtornos do transporte público para os trabalhadores metroviários e para toda a população.

O que se verá nesse domingo, principalmente nas estações da Avenida Paulista será um Metrô maquiado e bem diferente do caos do transporte público que encara cotidianamente toda a população com as enormes filas da bilheteria, falta de funcionários para dar informação e atender os passageiros deficientes, idosos e aqueles que passam mal nos trens superlotados.

Nas manifestações do dia 13 de março chegaram inclusive a liberar as catracas em algumas estações para não gerar tumulto. Postura muito distinta daquela que a direção do Metrô tem quando se tratam dos atos contra o aumento da passagem, em que a orientação é de confronto direto sem a possibilidade de liberar a catraca para ninguém.

As medidas de ajustes fiscais vem sendo duramente aplicadas tanto a níveis estadual, por Geraldo Alckmin, como a nível federal, pelo Governo Dilma. Da mesma forma que os escândalos de corrupção que atingem os jornais passam pelo PT com Operação Lava Jato, e também com PSDB, como no escândalo das merendas escolares no Estado que envolve diretamente o governo de Geraldo Alckmin.

Entretanto, o Impeachment que está sendo articulado por essa direita reacionária do país será para aplicar ataques mais duros, avançando de vez na privatização dos serviços e empresas públicas e nos cortes de direitos dos trabalhadores. Por isso, a saída é se opor completamente a esse mecanismo reacionário onde um parlamento de corruptos irá decidir sobre o mandato de uma presidente eleita por milhões.
Os metroviários devem dizer NÃO a estas horas extras, não seremos massa de manobra da direita nos dias de manifestação. E precisamos colocar de pé um plano de lutas contra o Impeachment e essas medidas de cortes, ataques e ajustes que querem jogar nas nossas costas!

 
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