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DESEMPREGO
Crise fecha milhares de fábricas em Minas Gerais
Júlio, metalúrgico de Contagem
Contagem - MG

A crise econômica que pegou de cheio o Brasil mostra seu reflexo brutal em Minas Gerais. Em um cenário desolador milhares de fábricas são fechadas e os trabalhadores são as maiores vítimas do governo e empresários.

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Do mês de março de 2015 a fevereiro de 2016 já são contabilizadas 3956 fábricas fechadas, que vão desde o setor de vestuário até o setor de auto peças.

O Produto Interno Bruto (PIB) da indústria mineira caiu 6, 2%, enquanto o PIB nacional teve queda de 3, 8%. Só na região metropolitana de BH foram cortados 68 mil postos de trabalhos.

Os empresários, como sempre, junto com os governos estaduais e federal tentam jogar a todo custo a crise nas costas dos trabalhadores. Além das demissões emplacadas com a conivência das burocracias sindicais governistas como a CUT e aliada a setores de direita, como a Força Sindical, outros ataques como Lay-Off, banco de horas, redução de jornada com redução de salários são enfiados goela a baixo dos trabalhadores.

Um exemplo do que vem fazendo a burocracia sindical nesse período, é o caso da Vallourec, uma das principais indústria do Estado que anunciou o fechamento de um importante setor, que emprega vários trabalhadores entre efetivos e terceirizados. Além de não organizar um plano de lutas para garantir os empregos desses trabalhadores, ainda negociou banco de horas, redução de salários com redução de carga horária, além de Lay-Off. No fim, o sindicato ainda comemorou o acordo dizendo que poderia ter sido pior e a planta ter sido fechada completamente. Por isso, nós trabalhadores devemos exigir que as grandes centrais sindicais como a CUT, que rompam com o governo do PT e seus acordos pró patronais, e estejam de fato ao lado dos trabalhadores.

Se não bastasse tudo isso, a burguesia joga pesado e pretende em pouco tempo aplicar uma série de ajustes que visam retirar direitos históricos da classe trabalhadora brasileira, como retratamos aqui e aqui.

Léo, leitor do Esquerda Diário, é um retrato da crise na cidade, com experiência de mais de 10 anos em metalúrgicas e com dois cursos técnicos de primeira linha feitos no Senai, além de vários intensivos de aprendizagem e aperfeiçoamento, não consegue arrumar emprego e está desempregado há seis meses jogando por terra a hipocrisia que dominou o Brasil nos últimos anos, que defendia que o problema no país não era dos empregadores e sim da falta de qualificação da mão de obra.

Em conversa com o Esquerda Diário, Léo diz:

"Passei parte dos últimos anos estudando e me qualificando e agora sofro na pele o desemprego, para se ter uma ideia, nos últimos 5 meses não fiz nem entrevista, isso deve servir de lição e nós da classe trabalhadora nos unir e mostrar que só lutando com nossos métodos e ferramentas de luta conseguiremos reverter essa situação trágica que vivem os operários industriais do Brasil"

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Por isso, nós do MRT, que impulsionamos o Esquerda Diário, impulsionamos também o Movimento Nossa Classe, que surgiu justamente a partir da experiência dos garis do Rio de Janeiro, que fizeram uma greve em 2014 que foi um exemplo para os trabalhadores de todo o país.

O objetivo fundamental do Movimento é organizar os trabalhadores numa mesma corrente nacional que possa se solidarizar e pensar medidas de unificação das lutas em curso. Queremos reforçar esse objetivo na atual situação nacional, trabalhando em conjunto com os grupos locais que o MRT constrói junto com independentes em cada categoria, promovendo a solidariedade às lutas e também a unidade das lutas dos trabalhadores e com a juventude em luta em todos os cantos do país.

Também é fundamental dar mais vida a um movimento de trabalhadores que não lute apenas pelas questões sindicais de cada categoria, mas que se coloque frente às grandes questões políticas nacionais, defendendo uma saída da classe trabalhadora para essa crise econômica e política.

 
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