Com isso, Gunnlaugsson é a primeira figura proeminente a ser derrubada pelo vazamento de mais de 11 milhões de documentos financeiros do escritório de advocacia e consultoria panamenho Mossack Fonseca, que mostram arranjos para evasão fiscal de pessoas ricas e famosas em todo o mundo.
O agora ex-premiê havia pedido mais cedo ao presidente islandês que dissolvesse o Parlamento e convocasse novas eleições, mas Grimsson afirmou que queria consultar outros líderes partidários antes de concordar com um fim do governo de coalizão formado entre o Partido Progressista de Gunlaugsson e o Partido Independente.
Os documentos financeiros vazados sugerem que o primeiro-ministro e a esposa criaram uma empresa nas Ilhas Virgens Britânicas. Gunlaugsson é acusado de conflito de interesse por não revelar seu envolvimento com a empresa, que tinha participação em bancos islandeses falidos que seu governo deveria supervisionar.
Gunnlaugsson nega ter cometido qualquer má conduta e disse que ele e sua esposa pagaram todos os impostos e não fizeram nada ilegal. Segundo Gunnlaugsson, seus investimentos financeiros não afetaram as negociações com os credores da Islândia durante a grave crise financeira sofrida pelo país.
Como mostramos no Esquerda Diário, o primeiro ministro islandês e sua mulher compartilhavam a posse de uma empresa offshore sediada nas Ilhas Virgens Britânicas quando entrou no Parlamento, em 2009. Originalmente, a companhia detinha títulos avaliados em milhões de dólares de três bancos islandeses que quebraram durante a crise financeira de 2008, tornando-o credor dessas falências. O governo de Gunnlaugsson negociou um acordo com os credores no ano passado, sem divulgar a participação financeira de sua família no resultado da questão.
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