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CRISE NA SIDERURGIA
Crise ataca cidades e trabalhadores siderúrgicos no Brasil!
Júlio, metalúrgico de Contagem
Contagem - MG
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A crise que vem devastando a siderurgia nacional com vários fechamentos de fábricas e altos fornos tem na classe trabalhadora a maior prejudicada e atacada. Quem conhece uma cidade que tem sua economia baseada na siderurgia já sabe como é dura a vida, poluição, mal planejamento urbano, machismo por ser um setor dominados por homem, alcoolismo e uma juventude presa nas drogas e que se perde no caminho do tráfico, sustentado pelo alto número de viciados fruto da dura rotina de trabalho, sem contar os péssimos salários, justificados pela patronal para se fazer um ferro e aço mais barato e ser competitivo no mercado.

Dentre varias cidades podemos citar Sete Lagoas que fica a menos de 100 km de Belo Horizonte e está entre as dez maiores cidades de Minas Gerais. Famosa por ser uma cidade siderúrgica e ter uma montadora de caminhão, a Iveco da Fiat, com a crise da siderurgia nacional a cidade está atolada num verdadeiro colapso produtivo e financeiro que se arrasta a setores de serviço e comércio.

Responsável por 65% da produção do gusa em Minas Gerais, Sete Lagoas tem hoje 60% das usinas paradas, de 22 apenas 9 estão em operação. Diversos relatos e matérias da mídia já dizem que parte de funcionários demitidos estão tendo dificuldade em comprar alimentos. Para se ter uma ideia, desde 2014 já foram 3000 funcionários demitidos da siderurgia e isso traz uma consequência de vários comércios fechados e setor de serviço parado o que aumenta ainda mais o desemprego na cidade.

Esse cenário que afeta Minas e o Brasil está longe do fundo do poço. Segundo dados do Instituto Aço Brasil a indústria brasileira do aço vive a pior crise da sua história. No acumulado 2014 e 2015, 29.740 colaboradores foram demitidos e a previsão é que neste 1º semestre outros 11.332 sejam dispensados. A produção brasileira de aço bruto deve fechar o ano 1% menor do que em 2015, totalizando 32,9 milhões de toneladas, segundo previsão do Instituto Aço Brasil. Já as vendas internas de produtos siderúrgicos tem previsão de queda de 4,1%, chegando a 17,4 milhões de toneladas. O consumo aparente de aço no País deve ser de 19,4 milhões de toneladas, o que representa redução de 8,8% na comparação com o ano passado.

Só uma atuação independente dos trabalhadores que obriguem as grandes centrais como a CUT a ruptura com sua subordinação ao governo do pt e dar uma saída para que sejam os empresários que paguem pela crise. A Conlutas única central independente do governo deve ser fundamental para fazer essa batalha com as grandes centrais além de ter responsabilidade direta em seus sindicatos com base siderúrgicas como o de Divinópolis MG.

Pela estatização de todo polo siderúrgico nacional!
Nenhum trabalhador a mais na rua!
Readmissão de todos demitidos! Não aos ajustes e retiradas de direitos do governo do PT!
Não ao impeachment que visa com o PSDB e demais partidos dos empresários acelerar os ataques a classe trabalhadora!

 
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