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CRISE POLÍTICA
PMDB efetiva seu rompimento com o governo Dilma
Tatiane Lopes

O Partido aprovou nesta tarde, ao som de gritos como “Temer presidente” e “Fora PT” uma moção que determina a entrega de todos os cargos e que prevê punição em caso de não cumprimento.

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Em reunião presidida pelo vice-presidente do partido Romero Jucá os representante do PMDB, que votaram simbolicamente, já que haviam decidido não expor os membros que se colocaram contra a decisão, aprovaram a moção do Diretório Regional da Bahia, assinada por Geddel Vieira Lima (ex-ministro de Lula no segundo mandato) cujo texto prevê a “imediata saída do PMDB do governo com entrega dos cargos em todas as esferas do Poder Executivo Federal, importando a desobediência a esta decisão em instauração de processo ético contra o filiado".

Romero Jucá afirmou que "A partir de hoje, nessa reunião histórica, o PMDB se retira da base do governo da presidente Dilma e ninguém no país está autorizado a exercer qualquer cargo em nome do partido do PMDB", sendo a decisão válida imediatamente, porém sob decisão final dos ministros ou parlamentares. Celso Pansera (Ministro de Ciência e Tecnologia) e Marcelo Castro (Ministro da Saúde) enviaram pedidos de se licenciar do partido, coisa que será avaliada individualmente, mas que não consta como parte do estatuto da legenda. A orientação do PMDB é pra que seus sete ministros ou mesmo outros cargos de confiança do governo deixem seus postos até dia 12 de abril.

Quanto ao impeachment o vice-presidente da legenda declarou que a decisão de saída do governo não significa que serão a favor do impeachment, mas que isso será decidido à sua hora. O canto do fim da reunião, no entanto, “Temer Presidente”, parece indicar o caminho do impeachment. Eduardo Cunha, que foi o único das grandes figuras do partido que estava presente, fez questão de ressaltar que o PMDB vem levando a culpa pelos erros do governo e que mesmo sendo parte da chapa com o vice Michel Temer, nunca foi convocado a discutir os rumos da política e da economia do país
.
Michel Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros, um dos últimos a se manter no apoio ao governo Dilma se reuniram esta semana e esta decisão por aclamação é fruto dessa articulação. Governo perde sua principal base de apoio parlamentar. Petistas já soltam declarações de que este momento serviria para ajudar o governo a dar um “giro a esquerda”, porém o que não dizem é que à custa dessa governabilidade o partido só fez ceder e aprofundar os ataques contra os serviços sociais e os direitos dos trabalhadores e abrir espaço à direita e que a tendência dá crise aponta este único caminho pela frente, de ajustes para que sejam os trabalhadores quem pague a crise dos capitalistas.

Não está claro ainda quanto deputados acompanharão esta decisão e se a “negociação avulsa” que Lula anunciou surtirá efeito. A grande mídia especula que esta medida pressionará outros partidos como o PP a saírem do governo, por outro lado com mais cargo disponíveis nesta democracia “do toma lá da cá” há chances de Lula conseguir articular uma base de apoio para barrar o impeachment. Os próximos dias mostrarão quantas “divisões” e votos tem cada general.

 
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