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LAVA JATO EM CAMPINAS
Jonas Donizete e seus colegas da região também estão na lista da Odebrecht
Danilo Paris
Editor de política nacional e professor de Sociologia
Tatiane Lopes

Jonas Donizete, prefeito de Campinas e outros prefeitos, ex-prefeitos, deputados, vereadores e ex candidatos da região da região metropolitana de Campinas constam na lista da Odebrecht que foi encontrada na casa de uns dos executivos da empresa como parte das apreensões da Operação Lava Jato.

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Foto: Portal CBN Campinas

A lista contem nomes de mais de 300 políticos e os respectivos valores que tenham recebido. Jonas, atual prefeito de Campinas e membro do PSB consta como tendo recebido R$300.000,00 para a campanha eleitoral de 2012, sendo que este valor não aparece na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da campanha nesse ano.

Em nota, Jonas nega ter recebido dinheiro não registrado para a campanha de 2012 e diz que não firmou nenhum contrato com a Odebrecht antes ou durante sua gestão na cidade, porém ouras empreiteiras como Gencons Avant Gard Empreendimentos, com sede em Paulínia doou R$150.000,00 e Pav¬Mix, empresa do Grupo GNT, também com sede em Campinas doou mais R$150.000,00 mil ao político.

Além de Jonas também estão listados o prefeito de Paulínia, José Pavan Júnior (PSB) tendo recebido R$100.000,00 e a prefeita de Sumaré, Cristina Carrara (PSDB) com R$400.000,00. Os ex-prefeitos Serafim e Moura aparecem com os valores de R$300.000,00 e R$400.000,00 respectivamente. Márcio Pochmann, que é professor do Instituto de economia da Unicamp e por vezes candidato a prefeitura de Campinas pelo PT também aparece na lista, porém sem nenhum valor numérico a ele associado.

A ex-vereadora Leonice da Paz (PSC) teria recebido R$50.000,00 segundo a lista, o vereador Marquinho da Bola (PSB) mais R$50.000,00, o deputado estadual Professor Tito (PT) R$300.000,00 e Marquinho Fiorella (PP), que aparece com o nome errado de Paulinho Fiorella, com seus R$50.000,00.

A lista que foi apreendida na 24ªfase da Lava Jato incluiu nomes de vários partidos além do PT, um fator novo nas investigações que até aqui se restringiam aos nomes ligados ao governo federal. Porém pouco tempo depois de seu vazamento o juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações em primeira instancia no Paraná decretou o sigilo da lista e das novas apreensões, demonstrando mais uma vez o caráter político da investigação e sua seletividade.

Ainda que Moro busque manter sua seletividade no curso das investigações da Lava Jato, fica cada vez mais evidente que as relações entre capitalistas e políticos burgueses de todos os partidos são completamente repletas de corrupção, um mecanismo inerente ao sistema capitalista. Os trabalhadores e jovens não podem cair no jogo da seletividade da Lava jato ou confiar neste judiciário, mas também não há o que defender desses políticos corruptos de todo tipo e seus ajustes contra o povo. Para avançar em uma saída pela esquerda para essa crise é preciso fortalecer uma via independente e erguer um movimento nacional contra o impeachment reacionário, mas também para barrar os ajustes do PT e a impunidade dos poderosos, impondo uma nova Constituinte Livre e Soberana para atacar os privilégios dos políticos e resolver os problemas realmente sentidos pelos trabalhadores e jovens brasileiros.

 
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