O motivo, segundo a direção do sindicato, é apresentar o quanto antes as propostas do dissídio da categoria e dar poder de negociação ao vice-presidente do sindicato. A questão que fica é: se a direção do Stetpoa se importa tanto assim em adiantar o debate do dissídio na categoria, por que convocar uma assembleia a toque de caixa?

Chamam a toque de caixa para não ter participação dos trabalhadores, para ter o menor número possível de trabalhadores. Assim eles conseguem passar suas propostas sem questionamento ou resistência. Fazem isso porque não organizaram nenhuma luta contra a privatização da Carris e nem contra a extinção dos cobradores. A direção do sindicato deixou passar esses ataques brutais à categoria sem organizar uma luta real, sem organizar reuniões ou assembleias nas garagens e boicotaram a greve da Carris em curso. Agora, anunciam a proposta de dissídio que, entre vários, itens, consta a garantia de operação com cobradores apenas nos horários de pico. Sequer conseguem colocar num papel a defesa do emprego dos cobradores.

Os rodoviários de Porto Alegre deram inúmeros exemplos de como lutar pelos seus direitos, como na histórica greve de 2014 e na greve da Carris do ano passado. Com essa força é possível impor à direção do Stetpoa que convoque uma assembleia em todos os turnos, garantindo que toda a categoria possa participar e decidir sobre os rumos da luta, para lutar pela readmissão dos cobradores, contra as demissões, por um reajuste salarial digno, etc. Nós do Esquerda Diário e do MRT seguimos colocando nossas forças a disposição da luta dos rodoviários.

Abaixo segue a foto de parte das propostas apresentadas hoje pelo sindicato: