Após a misógina declaração de que quem quer uma ditadura são os que defendem o aborto legal, Bolsonaro fez mais uma declaração em suas redes sobre o aborto negado à menina de 11 anos, vítima de estupro: - Uma bebê de SETE MESES de gestação, não se discute a forma que ele foi gerado, se está amparada ou não pela lei. É inadmissível falar em tirar a vida desse ser indefeso!
O presidente cinicamente faz publicações contra "tirar a vida de um ser inocente", mas não cita as vidas das crianças tiradas pela mão da sua polícia assassina nas periferias ou das vítimas de feminicídio que crescem cada vez mais no país. Não fala nada sobre seu governo ultra reacionário que joga milhões de crianças no trabalho infantil, na fome e na miséria.
Maíra Machado: "Precisamos tomar as ruas por justiça à criança de 11 anos!"
Enquanto a violência crescia em seu governo, impulsionada também pelas suas próprias falas e ideologia de ultradireita, Bolsonaro e Damares deixam bem claro o projeto que tem para a vida das meninas e mulheres brasileiras: o de controle de seus corpos para a reprodução de mão de obra barata e a sua morte pelo aborto clandestino.
Fruto do bolsonarismo no país, do giro à direita desse regime degradado em que vivemos, e do fortalecimento da relação entre o Estado e a Igreja - que é crescente desde o governo do PT - , a declaração da juíza Joanna Ribeiro Zimmer e o assédio à vítima para que não seguisse com o aborto, que lhe é garantido por lei, escancara ainda mais a necessidade do aborto legal, seguro e gratuito, conquistada por uma luta independente da direita e de figuras como Alckmin, que mantém forte a bancada religiosa e negam o direito da população ao aborto.
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