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Machismo autoritário
Misógino Bolsonaro defende gravidez fruto de estupro de criança de 11 anos em SC
Redação

O presidente declarou ao seus correligionários do cercadinho da Alvorada essa quinta-feira (23/06) que os favoráveis ao procedimento de rompimento da gravidez, fruto de um estupro, de uma menina de 11 anos em Santa Catarina, são "defensores de uma ditadura", distorcendo e negando qualquer direito às mulheres (neste caso uma criança!) por decidirem sobre seus próprios corpos.

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Foto: Reprodução

Bolsonaro vomitou mais misoginia nesta quinta-feira (23/06) e afirmou que quem defende o aborto para a menina de 11 anos, grávida após ser vítima de um estupro, quer impor uma ditadura no Brasil. O direito à interrupção da gestação da criança foi negado pela juíza de Santa Catarina Joana Ribeiro Zimmer.

"Quem quer impor uma ditadura no Brasil não sou eu. É quem não quer a liberdade de expressão, é quem vai controlar a mídia, é quem diz que vai valorizar o MST, é quem diz que esse caso da menina grávida de sete meses tem que abortar", disse Bolsonaro a apoiadores no curralzinho da Alvorada.

Bolsonaro e a ex-ministra Damares Alves já tentaram fazer com que uma garota de 11 anos levasse adiante sua gravidez, mostrando o que há por trás da Juíza Joana Ribeiro: um governo que estimula o assédio e a violência sexual contra crianças em nome de negar o direito ao próprio corpo.

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E agora vem a nova cartilha do Ministério da Saúde que tipifica como crime qualquer caso de aborto mesmo nos casos legais. As mulheres estão ameaçadas a não terem nem esse direito garantido.

No Brasil 100 crianças são estupradas por dia em média e o número de mortes de mulheres vítimas do aborto clandestino aumentou em 233% de 2020 para 2021. Precarizam o trabalho das mulheres, apoiam o assassinato de jovens negros nas periferias e favelas pelas mãos da polícia e hipocritamente falam em defesa da vida. Assim como querem proibir que esse tema seja tratado nas escolas e universidades e não garantem educação sexual nas escolas em nome da família conservadora, já que a educação sexual pra esses é a da mulher submissa e objeto sexual para reprodução.

Veja também: Tomar as ruas pela cassação da Juíza Joana Ribeiro e pelo direito ao aborto

É necessário tomar as ruas contra essa atrocidade e exigir a cassação da licença de Joana Ribeiro Zimmer, lutando contra essa direita, mas sem confiança nas instituições desse regime, nesse congresso e judiciário reacionários que se alinham com Bolsonaro para nos atacar. Também não podemos confiar que a chapa presidencial Lula-Alckmin irá avançar nessa pauta, pois o PT já provou nos seus 13 anos no poder que prefere governar junto à bancada evangélica do que garantir esse direito às mulheres. É com a força da organização das mulheres e trabalhadores que poderemos arrancar esse direito, como fizeram nossas irmãs argentinas que conquistaram o direito ao aborto, como fizeram as colombianas que conquistaram a descriminalização e como fazem hoje as mulheres nos Estados Unidos, que lutam contra o retrocesso nos seus direitos. É necessário lutar para arrancar o direito ao aborto legal, seguro e gratuito, por uma sociedade que as meninas e mulheres tenham direito de desfrutar de uma vida livre de opressão e exploração.

 
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