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MÚSICA
Maurício Pereira, pra onde que eu tava indo sem te conhecer?
Gabriela Farrabrás
São Paulo | @gabriela_eagle
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Maurício Pereira entra no palco com seu jeito gauche de ser, a calça jeans e a camisa amassada como quem não se encaixa muito no mundo, e começa a falar e contar causos sobre tudo para então apresentar suas músicas. Suas letras são de uma construção encantadora, o público presta atenção em cada palavra que Maurício canta, sua banda é muito boa, trata-se de fato de um espetáculo.

Aos 57 anos Maurício Pereira traz ao palco parte do que foi o Lira Paulistana, teatro, localizado na praça Benedito Calixto, e selo fonográfico de imensa importância para a cena musical paulista e brasileira de onde se originou a Vanguarda Paulistana, que tem como fruto desde Itamar Assumpção até o rock dos Titãs.
Trinta anos depois do fechamento do teatro o movimento Lira Paulistana continua influenciando o cenário musical e parte dos novos artistas da música popular reivindicam para si a lira paulistana, e reivindicam e resgatam os artistas dessa época como Maurício Pereira.

Maurício Pereira chegou até nós através da banda Metá Metá, que regravou uma das músicas do compositor, uma das mais belas canções da música brasileira, a fantástica “Trovoa”, presente no disco “Pra Marte” de 2007.
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O último disco de Maurício Pereira é “Pra onde que eu tava indo?” de 2014, disco de músicas inéditas escritas com a ajuda de Tonho Penhasco, que também era o parceiro de Itamar Assumpção, e que dá nome aos shows que o compositor tem levado aos palcos.

Maurício Pereira surgiu como músico para o público em 1985 quando criou com André Abujamra o grupo Os Mulheres Negras. Desde os anos 90 é presença assídua nos programas de música da tv cultura e tem seis discos solos, que trazem preciosidades da música brasileira em si. Entre outras coisas é também ator do grupo Parlapatões.

Maurício Pereira não nega, é artista até o ultimo fio de cabelo. Um desses artistas que é preciso conhecer e que quando se conhece fica a pergunta: “pra onde que eu tava indo sem te conhecer, Maurício?”

 
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