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Greve Crateús
Toda solidariedade à greve dos educadores municipais de Crateús por reajuste e melhores condições de trabalho
Nossa Classe - Educação

Os professores municipais de Crateús (CE) estão em greve desde o início de maio lutando por reajuste salarial, melhores condições de trabalho, mais contratação e alimentação escolar. Como grande parte dos trabalhadores do país, os educadores estão com seus salários bastante defasados e a cada dia mais abocanhados pela inflação.

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Foto: YohKrish

No último dia 05/05, os professores da rede municipal entraram em greve lutando por reajuste salarial, melhores condições de trabalho, mais contratação e alimentação escolar. Como grande parte dos trabalhadores do país, os educadores estão com seus salários bastante defasados e a cada dia mais abocanhados pela inflação. E além disso, sentem na pele o descaso e o desmonte da educação no país, pelas mãos de diferentes governos, e que afeta, além dos trabalhadores da educação, especialmente os filhos dos trabalhadores e da população mais pobre do país.

O sindicato da categoria (Sindicato dos professores da rede pública de Crateús - Sindprof) já havia encaminhado as reivindicações à Prefeitura de Crateús no início do ano, mas foi apenas em março que se iniciaram as tratativas com o governo, após a categoria deliberar pelo indicativo de greve. No entanto, a resposta da Prefeitura, da gestão de Marcelo Ferreira Machado (SOLIDARIEDADE), foi de um reajuste que era bastante abaixo da própria inflação. A categoria prontamente deliberou pela continuidade da greve naquele momento e a prefeitura respondeu judicializando a luta. Como não é de se espantar, o Judiciário decidiu pelo retorno imediato às aulas para que houvesse as negociações, que se estenderam nos seguintes. Sem avanço plausível na negociação, e já amargando mais meses de suas vidas prejudicadas pela inflação, os professores de Crateús deliberaram novamente pela greve a partir do dia 5 de maio.

Como dissemos, além do reajuste salarial de 33,24% conforme a Lei do Piso Nacional do Magistério para a categoria, a pauta de reivindicação inclui também alimentação escolar a todos os alunos, defesa do concurso público municipal, contra a mudança do regime de trabalho e retirada do FGTS dos servidores. A luta dos professores da rede pública de Crateús é comum à luta dos professores de todo o país. Recentemente, vimos a força do exemplo da greve dos educadores municipais e estaduais de Belo Horizonte e Minas Gerais contra o prefeito Alexandre Kalil (PSD) e o governador Romeu Zema (NOVO). Lá, com a força da sua mobilização, os trabalhadores da educação conquistaram reajuste, mas Zema levou o caso ao STF, que prontamente, pelas mãos de Luís Roberto Barroso, acatou o pedido e desobrigou o governador a reajustar os salários dos educadores.

Não dá para depositarmos nenhuma confiança no Judiciário, que mostra cotidianamente sua atuação lado a lado dos patrões e dos governos para permitir os ataques à nossa classe. Como em Minas Gerais, os professores de Crateús precisam confiar na força de sua mobilização para impor que o governo acate suas demandas.

Veja também: Lições da greve da educação estadual em Minas Gerais

Nós, do Movimento Nossa Classe Educação e do Esquerda Diário, uma mídia independente produzida por trabalhadores de diferentes categorias, como educadores, e estudantes de diferentes partes do país, nos solidarizamos à greve dos professores de Crateús e colocamos nossa mídia à disposição de sua luta.

 
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