Ao menos 3 fatores influenciam o aumento dos preços dos itens que compõem a cesta básica, segundo Jackson Bittencourt, coordenador do curso de economia da PUCPR. Um deles é o aumento do preço dos combustíveis, principalmente a inflação do preço do óleo diesel em março influencia nos preços do transportes das mercadorias. Além disso, as fortes chuvas na região sudeste e a seca na região sul impactaram as plantações e as colheitas. No marco da guerra da Rússia e Ucrânia, as cotações de trigo aumentaram, o preço de alimentos da cesta básica como o pão francês aumentou.
O fato é que para além desses fatores que determinam as trocas comerciais entre os países e a compra e venda de produtos, a taxa de juros serve para que o capitalista em momentos de crise, não diminua seus lucros frente a desvalorização de suas mercadorias. A população pobre e os trabalhadores que saem perdendo frente a isso porque os preços não param de subir, justamente daqueles alimentos que compõem a cesta básica.
No acumulado anual até março, produtos como o tomate aumentaram 94,55%, o café 64,66% e o óleo de soja 23,75%. O aumento absurdo de produtos essenciais na alimentação dos trabalhadores faz com que milhões entre em situação de insegurança alimentar ou como foi o casa da jovem negra, Angélica Rodrigues, que se alimentava de miojo e arroz, sem dinheiro pra comprar o gás e cozinhando com álcool acabou queimando 85% e morreu.
Esse é retrato cruel do aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis, os trabalhadores pagam com a vida ou morrem de fome que tem a cara do governo Bolsonaro e Mourão. Eles são os reponsáveis por essa crise profunda que vivem os trabalhadores e também é apoiada e intensificada pelo regime do golpe institucional que em cada momento que votou as reformas sabia que colocaria os trabalhadores e o povo pobre nessa situação.
Por isso defendemos que se congele automaticamente os preços dos alimentos e combustíveis, de acordo com os preços anteriores à pandemia. Além disso, é necessário um reajuste salarial automático a cada mês para que a inflação não diminua os salários e a condição de vida dos trabalhadores.
Os trabalhadores unificados lutando pela demandas dos setores pobres da população é quem pode dar uma resposta anticapitalista a essa crise. A CUT e a CTB devem imediatamente colocar seu peso numa forte luta por essas demandas mais sentidas pela população, mobilizando os sindicatos que dirige para que se retome o caminho da luta de classes. Ao invés disso, essas centrais sindicais dirigidas pelo PT e CTB aguardam ansiosamente as eleições de 2022 e apoiam incondicionalmente a chapa com Alckmin. Basta! Precisamos de um programa de independência de classes pra enfrentar essa crise e combater os capitalistas, a chapa Lula-Alckimin representa o oposto, um programa de conciliação com a burguesia que só vai fazer aumentar a carestia de vida e os ataques aos trabalhadores.
Leia mais: [5 pontos para uma política de independência de classe diante da diluição do PSOL com Alckmin e Marina Silva->http://www.esquerdadiario.com.br/5-pontos-para-uma-politica-de-independencia-de-classe-diante-da-diluicao-do-PSOL-com-Alckmin-e
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