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Meio Ambiente
PL do Veneno, recado dos ruralistas: que a população morra envenenada, lucros estão acima de todos
Redação

Liderado pela bancada ruralista, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta semana (09/02), o texto-base do “Pacote do Veneno”, com 301 votos favoráveis e 150 contrários. O Projeto de Lei (PL) facilita ainda mais o uso e popularização de pesticidas no país.

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Esse PL basicamente flexibiliza ainda mais as normas para novos agrotóxicos, e determina que o próprio Ministério da Agricultura faça as operações de fiscalização e análise. Agora o projeto vai para o Senado, onde será novamente colocado para votação, se aprovado é encaminhado para o Presidente genocida assinar. Para a aprovação do PL, os ruralistas costuraram um grande acordo com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) e o líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR).

Durante o governo Bolsonaro e Mourão, o agronegócio, com apoio do Congresso, STF e Mídia, tem se mobilizado para “passar a boiada” (palavras do ex-ministro do Meio Ambiente em reunião com o Presidente Bolsonaro, se referindo a medidas anti-ambientais). Recordes foram batidos na liberação de agrotóxicos para utilização nas lavouras. No projeto, prevê-se até a alteração do termo “agrotóxico” para “pesticida”, em uma disputa pelo imaginário popular e em disputa de narrativa com a ciência e racionalidade.

Os partidos que se dizem oposição ao governo (PT, PCdoB, Psol, PSB, Rede, PDT, PV) votaram “Não”, e se pronunciam repetidamente contra a medida e a favor do meio ambiente e sustentabilidade. Porém sabemos que quando processos de luta que tem a potência de reverter a situação, como, por exemplo, a gigante mobilização indígena contra o marco temporal que aconteceu em setembro do ano passado, as grandes centrais sindicais, CUT e CTB (dirigidas por PT e PCdoB) e entidades estudantis (UNE, UEE) se colocam completamente paralisadas, recusando a apoiar as lutas em curso. Os territórios indígenas são as maiores áreas de preservação do país, se colocar a favor da preservação ambiental e não apoiar essas luta demonstra uma clara demagogia, onde os parlamentares fazem discursos inflamados nas plenárias, mas quando chega a hora de colocar as forças materiais na luta de classe e deixar a classe trabalhadora ter protagonismo a “oposição” se recusa. Para a esquerda, é necessário denunciar a paralisia das centrais sindicais e exigir um plano de lutas para fazer com que a crise pague os capitalistas.

 
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