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CRISE POLÍTICA
Como questionar os privilégios dos políticos e a democracia dos ricos?
Marcelo Tupinambá
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Contra o impeachment da direita, mas também os ajustes e o governo do PT

Qualquer questionamento à democracia dos ricos deve ser construído independente das alternativas que nos colocam os de cima.

Eduardo Cunha, PSDB, FIESP e o que existe de mais reacionário do país se apoiam na insatisfação contra Dilma para emplacar seu impeachment, seja através de meia dúzia de parlamentares corruptos ou através da justiça, para aplicar um ajuste ainda mais duro contra o povo. Essa direita fala contra a corrupção do PT, mas sabemos que todos os partidos da ordem estão enlameados. Cunha é o que existe de mais reacionário e corrupto. Não podemos confiar que a justiça seja “neutra”. Nem que do parlamento virá qualquer alternativa a este sistema político podre.

Se o impeachment não emplacou até agora é porque boa parte dos capitalistas estrangeiros e nacionais temem que uma maior instabilidade política no país piore a economia, então optam por manter o desgaste de Dilma e fazer uma forte ofensiva contra Lula para debilitar o PT nas eleições de 2016 e 2018.

Somos contra o impeachment, mas não podemos aceitar o que fazem os sindicatos, entidades estudantis e a intelectualidade governista, que dizer ser “fazer o jogo da direita” qualquer questionamento ao governo federal. Devemos combater o governo e os ajustes construindo uma alternativa pela esquerda ao PT.

O PSOL tem composto uma frente permanente com a burocracia na Frente Povo Sem Medo, ao invés de colocar peso nas lutas concretas contra o ajuste. O PSTU está “fazendo o jogo da direita” ao não se colocar abertamente contra o impeachment e chamar uma “derrubada do governo Dilma”, um discurso que parece de esquerda mas joga água no moinho do Aécio e cia, com sua política de eleições gerais, a mesma defendida pela corrente de Luciana Genro do PSOL.

Chamamos a levar a frente uma campanha por uma resposta independente dos trabalhadores, que questione profundamente essa democracia dos ricos e faça um ajuste no privilégio dos políticos.

Mobilizemos para impor que todo político ganhe igual a uma professora

Em 2015, o Esquerda Diário realizou uma grande campanha com esse eixo. Foram mais de 270 mil curtidas no Facebook, centenas de fotos de todo o país e envolvimento milhares de trabalhadores e jovens, além de personalidades políticas, sindicais e artísticas. Chamamos a retomar com toda força essa campanha, para que se transforme profundamente esse regime político, ajustando os privilégios dos políticos. Chamamos o PSOL e o PSTU a colocar com força isso em suas campanhas. Política não é para enriquecer.

Como parte dessa campanha, queremos questionar também os privilégios dos juízes e dos diversos cargos de alto escalão do Estado que ganham fortunas, tem superpoderes e sequer são eleitos. Que todos os juízes e funcionários de alto escalão recebam o salário de uma professora e sejam eleitos.

Pela revogabilidade de todos os políticos que não cumpram o mandato popular

Os mecanismos do Estado brasileiro não dão opções aos trabalhadores que não sejam as eleições, onde a cada dois anos escolhemos os novos carrascos. Tanto os partidos do governo quanto da oposição de direita não cumprem nenhum mandato popular expresso pelo voto. Cumprem o mandato dos seus financiadores de campanha, dos capitalistas atados por mil laços com a corrupção. Que democracia é essa que somos reféns de figuras como Cunha e políticos que não cumprem o mandato popular dos que o elegeram? Ou de juízes que nem sabemos quem são, e que são cheios de privilégios?

Se houvessem mecanismos para que os trabalhadores revogassem diretamente os cargos dos políticos que não cumprirem mandatos que contemplem os interesses do povo, Cunha e muitos outros não estariam no poder. Somos nós trabalhadores e jovens que temos que ter em nossas mãos o poder de revogar Cunha e qualquer outro político sempre que não cumpra com o mandato popular. Nos mobilizemos pela revogabilidade de todos os mandatos. Por uma Assembléia Constituinte Livre e Soberana imposta pela força da mobilização para abrir caminho para reorganizar o sistema político e o país sob novas bases.

 
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