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Polo Socialista e Revolucionário
Por um programa de independência de classe também para as eleições
MRT - Movimento Revolucionário de Trabalhadores

Contribuições do MRT ao Polo Socialista e Revolucionário.

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O MRT (Movimento Revolucionário de Trabalhadores) que constrói, junto a outras organizações, o Polo Socialista e Revolucionário participou de diversos lançamentos do Polo nas últimas semanas. Com porta-vozes nas diferentes cidades e estados estivemos nas mesas de abertura defendendo que o Polo se unifique na luta de classes com um programa de independência de classe. Entretanto esse programa e essa atuação prática também devem ter sua expressão nas eleições evitando assim qualquer abstencionismo político que deixa espaço aos reformistas.

Nas últimas semanas construímos ativamente os lançamentos regionais do Polo Socialista e Revolucionário em São Paulo (com nossos companheiros Marcello Pablito, diretor de base do Sindicato dos Trabalhadores da USP; Fernanda Peluci, diretora do Sindicato dos Metroviários de São Paulo e Pedro Pequini, estudante de Letras), no Rio de Janeiro (com Carolina Cacau, professora e Leandro Lanfredi, petroleiro), em Minas Gerais (com Flávia Valle, professora em Contagem; Maíra Machado, professora em Santo André e Maria Eliza, estudante de Biologia da UFMG), em Santo André (também com a companheira Maíra Machado) e em Porto Alegre (com Luno P., coordenador do CADi/UFRGS, e Valéria Muller), e seguiremos participando da construção dos próximos lançamentos regionais. O Esquerda Diário tem sido uma mídia com divulgação permanente dessas iniciativas.

Nestes eventos intervimos defendendo essa iniciativa, afirmando a necessidade de que o Polo aglutine todos os setores de esquerda que se pretendem levantar um programa de independência de classe para atuar nos processos de luta em curso, com denúncia e exigência às burocracias sindicais.

Também consideramos necessária a ampliação do Polo, por isso viemos chamando por exemplo a CST a que se incorpore efetivamente, chamado que estendemos a outros setores do ex-Bloco de Esquerda Radical do PSOL. Na nossa visão o Polo precisa ter uma atuação prática concreta e, por isso, as Coordenações Regionais devem ser pautadas também pelos processos de luta em curso, por mais parciais que sejam, para que o Polo seja uma referência de intervenção na luta de classes.

Ao mesmo tempo que nós do MRT viemos dando ênfase neste papel concreto e ativo do Polo, consideramos que seria um erro importante uma posição abstencionista em relação às eleições. É por isso que consideramos que o avanço em uma prática concreta em comum no Polo com todas as correntes políticas e o desenvolvimento de um programa de independência de classe são as bases para que o Polo possa se expressar também nas eleições.

Num ano como 2022 no qual a política no Brasil será marcada pelas eleições com candidatos odiosos como Bolsonaro, com a possibilidade de uma terceira via de candidatos da direita e com a frente ampla encabeçada com Lula e possivelmente com Alckmin como vice, que o Polo se abstenha da luta política seria um claro erro que nada tem a ver com os preceitos do marxismo sobre a intervenção dos revolucionários nas eleições. Significaria, na prática, deixar espaço para os reformistas que vão influenciar toda a base, inclusive das organizações revolucionárias e socialistas.

Daqui que o debate entre a intervenção política nas eleições de 2022 e o debate programático estão entrelaçados, uma vez que devemos avançar em desenvolver um programa que busque dar respostas aos ataques que os trabalhadores vêm sofrendo e batalhando para que sejam os banqueiros e empresários que paguem pela crise. Avançar nos debates e construir uma plataforma programática comum deve ser a base para pensar candidaturas do Polo Socialista e Revolucionário que entrem na disputa da vanguarda (e se dirigindo a setores mais amplos) no próximo ano, o que reafirma o sentido do Polo de aglutinar a vanguarda socialista dos trabalhadores e da juventude. Isso se daria de forma distinta se, diante das eleições, as organizações interviessem em base a avanços políticos e programáticos do Polo.

Assim, levando em conta as diferenças e debates, que devem se expressar, os elementos programáticos que tivermos em comum podem ser parte de tentar unir as forças e ter uma voz mais forte contra Bolsonaro, Mourão, "terceiras vias" e a conciliação de classes.

Neste sentido, para nós, o processo de discussão programática que ficou indicado a partir dos lançamentos regionais é muito importante, mas não pode estar desconectado da política. Ao contrário, deve estar vinculado a preparar politicamente o Polo para o ano de 2022, estando articulado para intervir nas lutas de resistências, mas também criando uma base programática comum de independência de classe que possa contribuir na discussão eleitoral.

É por isso que viemos insistindo na oportunidade que temos agora de nos apoiar no programa e na experiência da Frente de Esquerda e dos Trabalhadores Unidade na Argentina como referência, que é um exemplo de programa de independência de classe que no último período veio defendendo não somente o não pagamento da dívida pública como também a divisão das horas de trabalho para que todos trabalhem, além de um conjunto de medidas anticapitalistas e respostas para os problemas dos trabalhadores. São medidas claramente de enfrentamento com os capitalistas e que são parte de um programa que não se subordina a nenhuma variante burguesa ou patronal. Por isso, também propomos que o programa da FIT seja uma das bases de discussão programática para o Polo Socialista e Revolucionário avançar no programa em relação ao Brasil.

 
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