www.esquerdadiario.com.br / Veja online / Newsletter
Esquerda Diário
Esquerda Diário
http://issuu.com/vanessa.vlmre/docs/edimpresso_4a500e2d212a56
Twitter Faceboock
Educação
Escolas sem limpeza ou com aulas suspensas em Santo André – SP pós retorno 100% obrigatório aos estudantes
Redação

Reproduzimos abaixo relato de professora de Santo André sobre o atraso no pagamento das trabalhadoras terceirizadas da limpeza.

Ver online

Em meio a pandemia, e a necessidade de rígido controle sanitário das escolas, trabalhadoras da limpeza são tratadas com descaso, sem direito aos seus salários, e paralisam suas atividades.

Escolas estaduais do município de Santo André (SP) iniciaram a semana sem o trabalho essencial, sobretudo em meio a pandemia do coronavírus (que, infelizmente, ainda é uma questão de saúde pública mundial), das trabalhadoras da limpeza. Estas, terceirizadas, já extremamente precarizadas, encontram-se sem direito aos seus salários, por falta de pagamento por parte da empresa que as contrata, as quais se apossam de dinheiro público, não repassam às suas trabalhadoras e decretam falência.

Dado este fato, parte das escolas de Santo André estão abertas com funcionárias realizando seu trabalho (muito por medo de perderem sua única fonte de renda) sem direito ao pagamento ou mesmo sem seu serviço essencial. Há, ainda, uma parte das escolas que decidiram por suspender as aulas e manter as/os professoras/es em teletrabalho e estudantes no ensino remoto.

Em meio a um retorno com a obrigatoriedade da presença de estudantes, com decreto por parte da secretaria da educação do estado pontuando, inclusive, a queda da exigência (ainda que protocolar, muitas vezes) de distanciamento mínimo de 1 metro, as escolas que já encontravam dificuldade em manter seus ambientes seguros e limpos (dado seu tempo de intervalo entre trocas de turnos, por exemplo), enfrentam, para somar à situação já calamitosa, a falta de funcionárias. Essa situação evidencia a seriedade com a qual é tratada a saúde de comunidades escolares, tendo em vista que a limpeza, em meio a uma pandemia, é fator fundamental para cumprimentos de protocolos sanitários mínimos.

O problema que se coloca não é recente, não sendo a primeira empresa que realiza o mesmo movimento. As parcerias com empresas privadas e os calotes com dinheiro público também evidenciam a quem o estado serve. O grau de precarização de boa parte da classe trabalhadora do país se dá com o aval do Estado, sob a lógica neoliberal de privatizações, terceirizações e estado mínimo, com aplausos de parte da população, confusa e iludida pelos discursos “modernizantes”.

É importante pontuar, além de tudo já elencado, as condições de trabalho às quais , em sua maioria mulheres, trabalhadoras terceirizadas da limpeza das escolas estão submetidas. Em geral seus contratos não garantem direitos, trabalham por apenas 4 horas diárias (com destaque para o fato de ser um trabalho pesado e intenso) e com remuneração abaixo do salário mínimo.

Enquanto o estado “lava as mãos”, empresários enchem seus bolsos, trabalhadoras ficam desamparadas, mesmo empregadas. Nas escolas, o “nós por nós” com “vaquinhas” e ajudas dentro das possibilidades - de outros trabalhadores também mal remunerados e pressionados. Até quando?!

Pelo pagamento imediato dos salários das trabalhadoras da limpeza das escolas de Santo André!

 
Izquierda Diario
Redes sociais
/ esquerdadiario
@EsquerdaDiario
[email protected]
www.esquerdadiario.com.br / Avisos e notícias em seu e-mail clique aqui