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Rio de Janeiro
Gari: "Somos tratados como bandidos, invasores e desordeiros como eram tratados os negros nos tempos da escravidão"
Redação

Publicamos abaixo o discurso que um gari leu na manifestação de ontem, quinta-feira.

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Os garis tomaram as ruas do centro do Rio protestando contra as demissões políticas de Paes e da Comlurb e por suas reivindicações. Empolgaram as pessoas por onde passavam com seus cantos, com seu espírito de luta. Além dos cantos alguns discursaram na concentração, um gari nos enviou o texto que preparou para ler na manifestação e publicamos abaixo.

Eu fui demitido político na greve de 2015 e reintegrado em 2015. Essa perseguição de ontem se repete hoje.

Quando o francês Aleixo gary teve ideia de limpeza urbana na cidade do Rio de Janeiro os trabalhadores eram buscados no laço ex-presidiários, moradores de rua. Mas hoje em dia se Aleixo gari pudesse ver o que está acontecendo com os garis com os trabalhadores de limpeza urbana ele teria vergonha não pelos trabalhadores mas sim pelo sistema escravagista em que os garis se encontram.

A Comlurb maior companhia de limpeza urbana da América Latina se transformou em uma empresa gananciosa, escravagista e racista. Sim racista pois ela prioriza colocar pessoas de fora nos cargos de confiança ou seja os parentes dos diretores, gerentes administrativos ganhando rios de dinheiro e deixando a prata da casa que são os garis que fizeram concurso de mãos abanando.

Eu me pergunto será que somos prata ou lixo? Pois se somos tratados assim como: bandidos, invasores e desordeiros como eram tratados os negros nos tempos da escravidão e pós escravidão nada mudou. Hoje em dia a escravidão é assalariada. Mas eu tenho certeza que essa situação que está acontecendo agora serviu pra abrir os olhos dos funcionários, garis, vigias e APAS porque os gestores da Comlurb, o presidente da Comlurb e o prefeito Eduardo Paes querem nos ver mortos não só nós, mas nossos filhos e nossas famílias. É prefeito inimigo dos servidores que troca nossas vidas visando o lucro, o dinheiro, eu digo que o justo quando governa o povo é feliz mas o perverso quando governa o povo geme. Precisamos mudar e já o último recurso que foi utilizado em 2014 poderá ser usado: guerra e guerra.

 
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