Amor de mulheres
(França, Stefany. 2021)
Meu corpo é político,
não posso negar
desde que nasci vejo o patriarcado querendo nos massacrar.
Vira e mexe o capitalismo tenta nos destruir,
mas amar minha mulher me faz querer evoluir,
até quando vão nos tirar o direito de ir e vir?
A gente só quer rir,
quando é que vamos poder existir?
Em uma relação sáfica, a heteronormatividade tenta nos persuadir,
mas o que nos move é poder resistir.
Dizem que nossa relação é só uma fase,
sempre nos cortam numa simples frase,
por isso eu trago essa passagem,
pra que o silêncio não seja uma miragem.
Argumentam que não é revolução,
mas quando sentimos paixão,
sei que nossa luta não vai ser em vão.
Um dia ser lésbica e preta,
vai ser símbolo de existência,
não importa se daqui 100 anos ou 80,
ser mulher e lésbica é resistência.
O neoliberalismo não vai nos assombrar,
nem tampouco nos calar,
mulher, preta e lésbica tem o direito de se rebelar.
E com a luta de classes unificar,
pois nosso amor tem o poder de revolucionar.
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