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CONTRA O AUMENTO EM BH
Esquerda e movimentos sociais continuam luta contra o aumento em BH
Redação Minas Gerais

O Esquerda Diário segue com a cobertura da luta contra o aumento da passagem em Belo Horizonte, Contagem e toda região metropolitana, e entrevistou movimentos e organizações de esquerda presentes na última reunião sobre os próximos passos da luta.

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Na última segunda- feira (1) ocorreu uma nova reunião com cerca de 50 jovens estudantes, organizações de esquerda e movimentos sociais para discutir e preparar os próximos passos na luta contra o aumento da tarifa de ônibus em Belo Horizonte. Esse é o terceiro aumento consecutivo no intervalo de um ano e há um novo ato marcado para o dia 18/02. A próxima reunião ficou indicada para o dia 15/02.

Pedimos para algumas organizações de esquerda falarem um pouco sobre as perspectivas da luta contra o aumento. Veja abaixo as entrevistas:

“Esse aumento já é o terceiro consecutivo, no intervalo de apenas um ano, e isso é um absurdo. E não é apenas contra o aumento da passagem que estamos nos organizando, que fomos e vamos pra rua, mas também por um transporte público de qualidade, que pra nós deve ser estatizado e controlado pelos trabalhadores e pela população. A juventude e os trabalhadores deixam suas vidas nos ônibus lotados, quebrados e atrasados todos os dias e isso é revoltante. Essas reuniões tem sido importantes para que a juventude e toda esquerda possa se organizar para golpear os governos municipal, estadual e federal, que sejam do PT, PSDB, PMDB ou PSB, estão juntos garantindo que a máfia dos transportes continue atacando a população com mais um aumento e serviço de péssima qualidade. Exemplo disso é o perdão da dívida das empresas de transporte dado pelo prefeito Carlin Moura, do PCdoB de Contagem – partido que tem como juventude a UJS, que em BH compõe as reuniões da frente de luta contra o aumento da passagem, mas na cidade vizinha Contagem está fechada com o prefeito que aumenta a tarifa. Chamamos todos a somarem ao próximo ato dia 18. Não tem arrego até abaixar a tarifa!”
Francisco Marques, da Juventude às Ruas/Belo Horizonte

“Os estudantes secundaristas sempre se mobilizaram com relação a essa pauta do aumento da passagem. O transporte coletivo é essencial para a garantia do direito de ir e vir das pessoas e o acesso à cidade. Grande parte da evasão escolar acontece devido à dificuldade dos estudantes de chegarem nas escolas com uma passagem tão cara, e o meio passe em BH já não atende à demanda. Com todos os problemas relativos ao transporte (altos preços e baixa qualidade do serviço prestado), penso que a luta contra o aumento vai se radicalizar. Estamos num momento importante do nosso país e é necessário unir forças pra enfrentar a retirada de direitos. Com a consolidação de uma frente ampla, a luta pode se expandir e crescer. Unindo forças, podemos combater de frente a máfia do transporte coletivo de BH e da região metropolitana.”
Mariana Ferreira, da AMES-BH e do PCR

“Pra nós a luta contra o aumento da passagem aqui em Belo Horizonte, a conformação de uma frente pra enfrentar os empresários do transporte tem que ser um exemplo pro país inteiro, porque a unidade da esquerda, a unidade dos movimentos sociais em uma frente é fundamental pra combater os governos e os empresários que atacam nossos direitos. Então, pra combater o Márcio Lacerda, que aumenta o preço do transporte aqui em Belo Horizonte; pra combater o Fernando Pimentel, que é responsável pelo aumento do transporte em Minas Gerais mas não só o aumento do transporte mas todos ataques que os funcionários públicos estão vivendo já no início do ano; e também pra enfrentar o governo Dilma, que é conivente com a máfia do transporte, com o aumento do preço da passagem, que não garante o passe-livre nacional e que aplica um ajuste fiscal, um aumento na inflação nas costas da juventude e dos trabalhadores. A juventude e os trabalhadores estão vivendo com aumento da inflação, aumento nas conta de água e de luz, ajuste fiscal, demissão e ainda tem que lidar com o aumento do preço da passagem. Então esse é um exemplo que a gente acha que a juventude, os movimentos sociais e toda esquerda tem que seguir: se unificar pra enfrentar os ajustes dos governos e enfrentar os governos diretamente.”
Izabella Lourença, do PSTU e do DCE-UFMG

“Na reunião contra o aumento da tarifa em BH colocamos a importância da luta contra o aumento da tarifa não só do ônibus municipal, mas também a do intermunicipal. O aumento da tarifa que faz parte de uma série de ajustes, que querem descarregar sobre os trabalhadores e a juventude vem sendo implementado nacionalmente. Esse aumento que só enche os bolsos dos empresários e que nos deixa migalhas de um transporte público de péssima qualidade e extremamente sucateado. Como já viemos defendendo, a única maneira de conseguirmos um transporte público de qualidade é tirando o serviço das mãos dos empresários que só visam o lucro, estatizando e colocando sob controle daqueles que sabem quais são as necessidades do transporte: trabalhadores e usuários. Só assim para que não mais tenhamos que sofrer com os ônibus que demoram a passar e vem sempre cheios.”
Clarissa Ramos, da Juventude às Ruas e do MRT em Contagem

*A CST, corrente do PSOL, foi procurada mas não respondeu até o fechamento desta matéria.

 
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