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Eleições Argentina
10 motivos para os argentinos votarem na Frente de Esquerda unidade
Caio Reis

Faltam menos de duas semanas para as eleições primárias na Argentina. Aqui, apontamos alguns motivos para apoiar as candidaturas da Frente de Esquerda Unidade, composta pelo PTS, partido irmão do MRT do Brasil e que impulsiona a rede Esquerda Diário na Argentina.

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1) Porque é preciso transformar a decepção e a raiva em luta e em outra saída política. Após o fracasso do macrismo, hoje são milhões os desencantados com a Frente de Todos, que disse que vinha encher a geladeira, mas seguiu o ajuste. E aparecem demagogos como Javier Milei ou José Luis Espert, que falam de “liberdade”, mas só querem aprofundar o ajuste e inclusive incluem candidatos que defendem a ditadura.

Somos os que avançam apostando sempre na unidade da esquerda para construir uma alternativa que vire a história com a força dos trabalhadores, das mulheres e da juventude. Nossos deputados são os únicos que sempre vão votar a favor das grandes massas e apoiar todas as lutas.

2) Porque a culpa da crise não é da pandemia e sim das decisões que foram tomadas. A desigualdade vem aumentando. Seguiram pagando bilhões de dólares de dívida ilegal ao FMI e outros credores, legitimando o roubo de Macri. Também seguiram ganhando: os bancos, os latifundiários, as privatizadas e muitos grandes empresários; enquanto nós aposentados, trabalhadores e jovens vivemos cada vez pior. Até o auxílio emergencial foi retirado. Cortaram o orçamento de saúde em meio à uma crise sanitária, enquanto se negaram a tocar os interesses dos laboratórios como o de Hugo Siegman em Garín, o que teria permitido obter a vacina muito antes e salvar milhares de vidas.

3) Porque enquanto diziam “fique em casa”, Alberto Fernández fazia festas na Quinta de Olivos. E depois armaram um “vacinatório VIP” para seus amigos. Igual aos direitistas do Juntos por el Cambio, que fizeram uma grande festa de aniversário para Elisa Carrió.. Embora se ataquem entre eles, macristas, radicais e peronistas são parte de uma casta política que se governa para os poderosos e tem privilégios para isso, com salários dez ou vinte vezes mais altos que o salário mínimo. São amigos e aliados de juízes que tem ainda mais privilégios. É precciso terminar com essa situação.A FITU é o único espaço que propõe terminar com esses privilégios, Suas candidaturas são compostas por trabalhadores, mulheres, e jovens que levantam que todo legislador e funcionário ganhe como um trabalhador e seja revogável por seus eleitores. Nossos deputados e legisladores em toda Argentina já fazem: cobram o salário de um trabalhador e o resto doam à lutas e causas populares.

4) Porque a FIT-U vai a fundo com as propostas que fazem falta para sair da crise e é consequente com isso, apoiando todas as lutas e batalhando por recuperar os sindicatos das mãos da burocracia sindical. Enquanto outros falam de reforma trabalhista, a FIT-U, diante do problema do trabalho, propõe um programa para enfrentar a crise social e econômica, propondo reduzir a jornada de trabalho para 6 horas, 5 dias por semana, dividindo as horas de trabalho entre todas as mãos disponíveis para que todos e todas trabalhem, com um salário que cubra como mínimo a cesta básica. Só assim é possível lutar seriamente contra o desemprego e a precarização do trabalho, o que conquistaremos com um grande movimento de luta, assim como foi no passado com a jornada de 8 horas, que hoje poderia ser reduzida devido ao avanço da tecnologia.

5) Mês a mês a inflação golpeia o bolso de milhões de famílias trabalhadoras. A Frente de Todos e o Juntos não questionam às grandes empresas que sobem os preços quase sem controle. Só a FIT-U propõe que o salário mínimo seja igual à cesta básica familiar e que aumente mensalmente segundo o aumento real do custo de vida. Aumento imediato das aposentadorias segundo a cesta básica da terceira idade. Nenhuma família pode sofrer fome ou ter desatendidas suas necessidades básicas. Por um auxílio emergencial de 50.000 pesos argentinos (R$2.600,00) para todas as famílias necessitadas.

6) Governismo e oposição de direita têm um grande acordo: é preciso pagar o FMI Não importa que isso signifique seguir atacando os aposentados ou reduzindo o orçamento de saúde e educação. Os libertários como Milei e Espert também estão de acordo com isso. Falam contra o "gasto público", mas propõem seguir pagando bilhões de dólares em dívida pública. Só a Frente de Esquerda Unidade propõe terminar com esse roubo, não reconhecendo de maneira soberana a dívida externa e rompendo com o FMI, como parte de um programa integral que inclui outros pontos fundamentais como a nacionalização do sistema bancário, o monopólio estatal do comércio exterior ou a expropriação dos grandes latifundiários, entre outros, no caminho para um governo de trabalhadores.

7) Nessa campanha, os candidatos das forças majoritárias querem falar com a juventude. Porém, só fazem promessas vazias e falam de futuro demagogicamente. A FIT-U é a força que denuncia a extrema precarização do trabalho que sofrem 7 a cada 10 jovens da Argentina e que exige a redução da jornada de trabalho para que a juventude tenha trabalhos com direitos, mas também possa estudar e se divertir. Defesa da educação pública e gratuita, conectividade gratuita para todos os professores e alunos, fim da presença da igreja na educação, fim da Lei de Educação Superior, por uma educação nacional única, estatal, gratuita e laica são outras bandeiras da juventude defendidas, bem como a legalização da maconha.

8) Os partidos dos poderosos fazem demagogia com os direitos das mulheres e as demandas da Comunidade LGBTI, no entanto, todos aceitam que o Estado siga bancando a reacionária Igreja Católica ou subsidiando outras igrejas, que se opõem a direitos básicos, como por exemplo o do aborto Só a Frente de Esquerda Unidade propõe acabar com essa situação: Igreja e Estado, assunto separado. Basta de feminicídios, trans/travesticídios e outros crimes de ódio. Ni una menos. Pelos direitos das mulheres trabalhadores. Ao mesmo trabalho, o mesmo salário. Implementação de uma Educação Sexual Integral (ESI) laica, científica e com perspectiva de gênero. Contra toda forma de opressão sexual.

9) A cada ano se faz mais evidente a crise habitacional que atinge milhões. As famílias pobres vivem amontoadas, ou se veem empurradas a darem duras lutas por terra para ter onde morar, em que muitas vezes há repressão, como foi em Guernica. A Frente de Esquerda Unidade levanta que é urgente um plano de obras públicas que, controlado pelos trabalhadores, garanta moradia para esses setores atingidos. Por impostos progressivos em cima das moradias ociosas dos especuladores imobiliários.

10) Junto aos grandes empresários, os partidos patronais destroem o meio-ambiente e são os que engavetaram a lei de zonas úmidas. São responsáveis pela mineração contaminante, o agronegócio, a destruição dos bosques nativos e o dano à fauna tanto na terra quanto no mar. Por isso é preciso enfrentá-los. A esquerda apoia e participa ativamente das lutas em defesa do meio-ambiente, questionando a irracionalidade do sistema capitalista, que, junto da destruição da natureza, destrói as condições de vida da humanidade. Abaixo a megamineração à céu aberto. Fora multinacionais imperialistas como Barrick, Chevron, Yamana Gold e Panamerican Silver. Contra toda atividade saqueadora e contaminante. Não ao fracking. Proibição das megagranjas porcinas destruidoras do meio-ambiente, da saúde e geradoras de pandemias. Defesa dos úmidais e dos bosques nativos. Proibição dos desmontes.

 
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