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"Sampaprev 2"
Nunes quer atacar as aposentadorias dos servidores e aprofundar o ataque de Covas.
Sergio Araujo
Professor da rede municipal de São Paulo e integrante do Movimento Nossa Classe Educação

O reacionário prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) que assumiu a batuta após o falecimento de seu antecessor Bruno Covas (PSDB) vem a cada dia reafirmando sua disposição em seguir o legado de ataques aos serviços públicos de seu antecessor e mostrar como ele e seu partido também podem ser protagonistas em atacar os direitos dos trabalhadores, em benefício apenas dos patrões. Agora quer implementar um “SAMPAPREV 2”, ou seja, aprofundar a reforma da previdência aprovada por Covas em 2018.

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Imagem: Reprodução Instagram

Na última quinta-feira, 26/08, Ricardo Nunes (MDB) enviou aos vereadores de sua base aliada projetos de lei que envolvem uma reforma tributária, com isenções para empresários da cidade – inclusive empresários da educação para cursos à distância – e uma segunda rodada da reforma da previdência para aprofundar os ataques às aposentadorias dos servidores municipais. Nunes só reafirma sua disposição em seguir o legado de ataques aos serviços públicos de seu antecessor e mostrar como ele e seu partido também podem ser protagonistas em atacar os direitos dos trabalhadores em benefício apenas dos patrões.

No final de 2018, após uma sequência de lutas e greves dos educadores e demais servidores do município desde 2016 contra o projeto de reforma da previdência apresentado ainda por Haddad do PT, depois continuado por Doria e Covas, uma versão mais “branda” do SAMPAPREV foi aprovada. O governo contou evidentemente com aquela mãozinha traidora de Claudio Fonseca e da direção do SINPEEM, além de um pacto que envolveu, inclusive toda a bancada do PT para eleger Eduardo Tuma (PSDB) como presidente da câmara. Mas como já naquela época Bruno Covas deixou bem claro, a reforma aprovada não era suficiente para saciar a sanha da sede de lucros de banqueiros e empresários. Eles que se beneficiam com essas reformas e medidas fiscais que só servem para garantir que os estados tenham dinheiro de sobra para pagá-los, cortando do nosso bolso e os nossos direitos, como foi a reforma da previdência de Bolsonaro em 2019.

Relembre a luta do SAMPAPREV aqui: O pacto que aprovou o SAMPAPREV e a grandiosa luta dos servidores

Então agora é exatamente o que quer continuar Ricardo Nunes, aprofundar esse ataque e implementar aquilo que foi parcialmente barrado pela força da luta dos trabalhadores municipais. O principal ponto é a implementação do regime de capitalização, a “segregação de massas”, ou seja, a divisão do funcionalismo da ativa e dos futuros servidores, em dois regimes distintos de previdência: para os primeiros, o já existente IPREM, para os segundos um novo regime 100% privatizado, ou seja mais grana para banqueiros e administradores desse fundo. Mas também estão estudando tirar dinheiro daqueles que já estão aposentados! E para isso acabar com a isenção dos inativos que recebem acima de um salário-mínimo. Não basta nos fazer trabalhar cada vez mais para receber cada vez menos na aposentadoria, ainda querem nos fazer pagar mesmo depois de aposentados.

E enquanto isso, o que faz Claudio Fonseca e a direção do SINPEEM, maior sindicato da educação do município e maior sindicato do funcionalismo municipal? Sequer uma declaração para dizer que é contra. O único “informativo” que soltaram até agora foi informando os educadores dos próximos pontos facultativos, os feriados em outubro e que reivindicam a suspensão das atividades na semana do professor. Não há mais dúvidas que o SINPEEM, nas mãos de Cláudio Fonseca, é a cada dia mais desviado do papel de instrumento de luta da nossa classe. Cláudio Fonseca, ex-vereador pelo golpista Cidadania, é um servo que estende um tapete vermelho para cada um dos ataques do governo municipal, atuando para garantir que esses ataques passem, já que cumpre um papel ativo em frear qualquer tipo de organização entre os trabalhadores da categoria que atende.

Essa reforma da previdência que Nunes planeja implementar é parte dos ataques que toda nossa classe vem sofrendo no país junto com setores oprimidos como os indígenas na luta contra o marco temporal, pelas mãos de Bolsonaro e Mourão, governadores como Doria, do parlamento e inclusive do judiciário. Um projeto de ataques para rebaixar os direitos, precarizar nossas vidas, e até mesmo atacar nosso direito de greve, como fizeram Covas e Nunes durante a greve dos educadores municipais em que cortaram o ponto dos grevistas. A única forma de barrar mais esse ataque que está sendo gestado é a partir da nossa luta organizada, com a unidade entre todas as categorias do funcionalismo municipal, confiando em nossas próprias forças, que inclusive já vimos o potencial que nossa categoria demonstrou na luta contra o próprio SAMPAPREV.

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