Imagem: JAVIER TORRES AFP/Archivos
Após a campanha midiática da mídia burguesa para desacreditar a mobilização dos trabalhadores do sindicato nº 1 da Minera Escondida, no último sábado à noite foi votada a oferta feita pelo BHP Billition com apenas 11 votos a favor e 2.164 contra, sendo aprovada a greve por 99,5% do sindicato.
O sindicato destacou que tem como objetivo "distribuir igualmente entre todos os trabalhadores 1% dos dividendos pagos aos investidores estrangeiros", que só em 2020 teve lucro líquido de 2.400 milhões de dólares, aumentando seu lucro em 115% em relação a 2019, e tudo isso com a empresa operando a plena capacidade, expondo as vidas trabalhadoras em meio à pandemia, e isso até os dias de hoje.
A Minera Escondida Limitada, tem seu patrimônio distribuído da seguinte forma:
● BHP Billiton (57,5%) (capitais anglo-australianas)
● Rio Tinto PLC (30%) (capitais anglo-australianas)
● JECO Corporation (Mitsubishi Corporation) (10%) (capitais japonesas)
● JECO 2 Ltd., (2,5%) (capitais japonesas)
“A disputa centra-se, assim, na discussão das condições permanentes, que se trava entre milhares de trabalhadores chilenos e a maior transnacional mineira do mundo, que só este ano fatura mais de 10 bilhões de dólares”, afirma parte do comunicado.
Essa luta chega em um momento em que a Convenção do Chile também decidirá sobre a propriedade dessas grandes empresas transnacionais, sobre quem terá direitos sobre esses recursos e o que se pode obter deles, recursos fundamentais para o financiamento de todos os nossos direitos democráticos mínimos, como o acesso à saúde, pensões, educação, etc., e que hoje mais do que nunca é preciso nacionalizar e tirar dessas grandes mineradoras os recursos que saem do país.
Com informações de Izquierda Diário Chile, como segue no link abaixo
Veja a notícia na íntegra: Trabajadores de minera escondida votan la huelga: BHP Billiton se niega a repartir el 1% de las ganancias
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