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Após assumir relações institucionais, Temer cogita deixar presidência do PMDB
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O vice-presidente do Brasil, Michel Temer (PDMB), aceitou ontem a proposta da presidente Dilma de que ele assuma as funções da secretaria de articulação política. Com essa decisão, o PMDB se fortalece ainda mais no governo, na medida em que tem a presidência da câmara (Eduardo Cunha), do Senado (Michel Temer) e agora a articulação política entre o executivo e o legislativo.

Michel Temer fica com três funções nesse momento: vice-presidente, articulação política e a presidência do PMDB. Segundo a Folha de São Paulo, Temer discute no momento a possibilidade de abandonar a presidência do partido, cargo para o qual se cogita o nome de Romero Jucá.

A proposta de Temer assumir vem após a tentativa do governo de que Padilha (atual ministro da aviação civil, também do PMDB), que rejeitou a proposta (em base a divisão no interior do PMDB). Com a atual configuração, a secretaria de relações institucionais será extinta na medida em que Michel Temer manter o cargo de vice-presidente.

O ex-ministro da secretaria, Pepe Vargas (PT) irá para a pasta de Direitos Humanos, já confirmado pela presidência.

O presidente do Senado viu com bons olhos a proposta de Dilma para Michel Temer “é a melhor pessoa para resgatar coalizão com o governo”. Já o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, criticou duramente a presidente dizendo que ela fez uma “renúncia branca”, em referência ao avanço do PMDB no governo e disse ainda que ela colocou um “interventor” na economia, em alusão a Levy.

Análise: a debilidade do governo

O movimento de Dilma expressa a debilidade cada vez mais evidente do governo, e seu anseio em articular melhor o executivo e o legislativo, depois das sucessivas crises (especialmente com Eduardo Cunha).

O objetivo é claro: articular melhor os poderes com o intuito de aprovar o ajuste econômico. Hoje um elemento fundamental dentro do plano do ajuste foi aprovado, que é o projeto de lei 4330, que regulariza e amplia a terceirização, para atividades-fim.

Sem dúvida, o PMDB se fortalece ainda mais como partido pilar do regime, e o PT fica numa situação cada vez mais difícil, mostrando toda a falência do discurso eleitoral e prática do partido nesse novo governo. Por outro lado, a crítica de Aécio Neves ao governo também aparece com uma contradição importante, pois as políticas do ajuste e as diretrizes gerais de Levy são completamente apoiadas pelo PSDB.

Toda o debate sobre o “estelionato eleitoral” de Dilma em relação a seu atual mandato reabre a discussão sobre a necessidade da revogabilidade dos mandatos dos políticos, na medida em que o eleitor fica preso a uma estrutura de quatro anos em que, após eleitos, os políticos podem modificar seu discurso (e sua prática) da forma como desejarem.

 
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