Centenas de manifestantes se reuniram no Porto de Oakland, na Califórnia, na da baía de São Francisco, para bloquear o desembarque de um navio cargueiro israelense. A campanha “Block the Boat” [bloqueie o barco] foi promovida pelo Centro Árabe de Recursos e Organização (AROC). O grupo diz que impediram com sucesso a companhia de navegação ZIM, com sede em Haifa, Israel, de atracar em Oakland. Em 5 de junho, o grupo anunciou em sua conta no Twitter que o cargueiro estava deixando o porto após a vitória das manifestações.
No mês passado, membros do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte e seus Aliados do Sul da África se recusaram a descarregar um navio ZIM em Durban. Os trabalhadores responderam desta forma a um chamado de solidariedade da Federação Geral dos Sindicatos da Palestina. Os trabalhadores portuários da Itália também se solidarizaram com o povo palestino.
Em 2014, durante os bombardeios de Israel na Faixa de Gaza, a organização AROC lançou a coalizão “Block the Boat” em resposta à tentativa da ZIM de atracar em Oakland. Naquela época, o Sindicato Internacional de Estivadores e Armazéns (ILWU) recusou-se a descarregar o navio da ZIM. A empresa não fez outra tentativa de atracar na cidade até a semana passada. Além do bloqueio em Oakland, ativistas de todo o país se comprometeram a bloquear todos os navios da ZIM que tente descarregar em suas cidades.
Por isso, as ações foram replicadas em outras localidades com o mesmo objetivo, como na cidade portuária de Elizabeth, em Nova Jersey, neste domingo.
“Nossa mobilização está funcionando!”, dizia um tweet da conta da AROC: “Estamos fazendo piquetes em 6 entradas diferentes com mais de 600 pessoas, e os trabalhadores não estão cruzando os piquetes. A mensagem é clara: quem lucra com o apartheid israelense não é bem-vindo na Área da Baía.”
Com certeza esse é um grande exemplo da natureza internacional da classe trabalhadora, a única que, unida, pode dar fim ao genocídio sionista e a tantas outras barbáries impulsionadas pelo imperialismo que só tem olhos para seus lucros e sua dominação, mesmo que isso signifique dizimar, explorar e oprimir povos inteiros.
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