Foto: Sindipetro LP

Trabalhadores da G&E, empresa terceirizada da Petrobrás, paralisaram suas atividades ontem, no dia 10. A empresa prometeu pagar rescisão até o dia 10 de maio e, até agora, nada. Os trabalhadores atuam na área de construção civil da Refinaria Presidente Bernades (RPBC), da Petrobras, em Cubatão. A greve foi reafirmada em assembleia ocorrida hoje

O atraso do pagamento das rescisões contratuais vem se arrastando, e a empresa tem o histórico de atrasar e não pagar os direitos trabalhistas, ganhando licitações por abaixar o preço do serviço reduzindo os salários dos trabalhadores. No dia 4, houve paralisação dos terceirizados da RPBC em apoio aos trabalhadores demitidos da G&E. E agora, sem a rescisão contratual, os trabalhadores decidiram parar novamente contra estes abusos da empresa.

Segundo o Sindpetro, a empresa G&E tem a pratica de não pagar os direitos e ganhar contratos por reduzir o valor dos salários que paga a seus trabalhadores. A Petrobras aceita, mesmo assim, contratar estas empresas, sem nenhuma preocupação com os direitos dos trabalhadores, preocupando-se apenas com os lucros. Assim, mesmo dando calote na Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba, a empresa segue conseguindo contratos como o da Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos.

A greve é a única ferramenta encontrada pelos trabalhadores, já que Petrobras e empresas terceirizadas estão aliadas contra os direitos dos trabalhadores da do setor do petróleo. Em uma conjuntura de pandemia, falta de segurança nos locais de trabalho e desemprego, a política destas empresas mostra que só se preocupam realmente com o lucro, não com a vida dos trabalhadores.
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