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NATAL DOS SECUNDARISTAS
Estudantes passam o Natal em escolas ocupadas
Flávia Toledo
São Paulo

As escolas que se mantêm ocupadas em São Paulo tiveram ceias de Natal na noite do dia 24 contando com apoio da população - e com meninos na cozinha.

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Para os estudantes secundaristas, até o Natal é data de luta. Mantendo as ocupações contra a reorganização escolar e por melhorias efetivas na educação pública em algumas escolas do estado, como a Fernão Dias Paes e a João Kopke, os estudantes secundaristas fizeram ceias de Natal na noite do dia 24, contando com doações da população e muito apoio.

Na página da Ocupação da E. E. Fernão Dias Paes, o recado é muito claro: “Estamos aqui, provando que realmente não somos de ferro, somos de aço! Mas já estamos em processo pra ser de grafeno (material 100 vezes mais forte que o aço.)” É esse o “espírito natalino” dos estudantes que colocaram o Governador Geraldo Alckmin contra a parede e provaram que escolas acolhedoras são possíveis e que educação de qualidade a serviço da população tem que estar nas mãos daqueles que estudam e trabalham.

(Foto dos estudantes do E. E. Fernão Dias preparando a ceia de Natal)

Nas escolas ocupadas, a confraternização foi uma das muitas atividades que farão os estudantes nunca mais olharem as escolas da mesma maneira. Atividades como essa nas escolas ocupadas são a prova de que os estudantes seguem mobilizados e organizados, ao contrário do que a grande mídia quer fazer acreditar.

E seguindo a tônica das ocupações, onde durante todo o tempo meninos e meninas dividiram as tarefas de limpeza, segurança, organização questionando os papéis de gênero, os meninos estavam nas cozinhas garantindo as ceias das ocupações, rompendo com a lógica de que a cozinha é um lugar feminino.

Mudanças como essa, de questionamento da ordem das coisas, e as várias melhorias estruturais nas escolas que os estudantes em semanas garantiram, a despeito dos vários anos de promessas vazias do governo, são o grande presente que os estudantes secundaristas nos deixam no que é apenas o começo de uma grande luta em defesa da educação. Sigamos o exemplo dos secundaristas de São Paulo e de Goiás para travar uma forte luta pela educação em 2016!

 
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