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SAÚDE PÚBLICA
Epidemia de microcefalia no país: medidas de ações tardias dos governos
Alessandra
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As notificações de casos suspeitos de microcefalia subiram de 1.761 para 2.401 no país em uma semana - chegando a quase quatro registros por hora. Desse total, 134 tiveram confirmação para zika, em 102 essa relação foi descartada e outros 2.165 continuam sob investigação.

Os registros foram feitos em 549 municípios, em 19 Estados e no Distrito Federal. Sabe-se que os números podem ser ainda maiores, considerando as subnotificações. A microcefalia (recém-nascidos que apresentam o crânio em tamanho menor que o normal) é uma doença que causa retardo mental, calcificação no tecido cerebral que gera déficit de aprendizagem, com o rendimento escolar caindo aritmeticamente, como apontado anteriormente no Esquerda Diário.

Epidemia de dengue e Zika vírus

O zika vírus, que está vinculado à microcefalia, é transmitido pela picada do Aedes contaminado, o mesmo mosquito que transmite várias outras doenças, entre elas a dengue, que se alastrou pela cidade de Campinas, por 2 anos consecutivos. Ao contabilizar as subnotificações dadoença só governo Jonas Donizette (PSB) os casos de dengue beiram os mais de 100 mil. Há 10 casos notificados de microcefalia de outubro a dezembro na cidade de Campinas que estão sendo investigados para verificar se há ou não relação com o zika vírus.

Diferentemente de doenças como a tuberculose e a Aids, a microcefalia não fazia parte da lista de enfermidades com notificação obrigatória. Ao todo, cerca de 21 mil bebês nascem por ano em Campinas, no entanto, não há uma estatística que mostre quantos deles têm a má formação ou tiveram nos anos anteriores.

Crescimento vertiginoso e escandaloso dos casos

No Brasil, houve um grande crescimento, a partir de outubro, de casos de microcefalia. Apesar das medidas de ações do integrantes do Ministério da Saúde e da Anvisa, como a compra de repelentes para distribuição para gestantes e a distribuição de água com larvicida no nordeste, o governo federal tardou em reagir a epidemia de microcefalia, refletindo a falência da saúde publica no país, além disso impôs medidas de ajuste como a demissão dos agentes de sanitários no RN e em Pernambuco que estavam em greve por melhorias de salários, justamente nos locais mais críticos da epidemia.

O governo do Estado de São Paulo, por sua vez, demite neste mês 500 agentes de saúde temporários, muitos deles que atuavam na região metropolitana de Campinas, capacitados contra o mosquito da dengue. Estes agentes que deveriam ser efetivados, incorporados junto ao quadro de funcionários são demitidos no momento em que se aproxima o período mais crítico para a epidemia de dengue, zika vírus e febre chikungunya.

Mulheres pobres: as mais afetadas

As famílias pobres, em especial, as mulheres estão sendo e serão as mais afetadas nesta epidemia de microcefalia, pois não possuem pré-natal garantido, como o acesso ao exame diagnóstico do mosquito, precisam esperar meses para fazer ecografia no SUS, além de não possuírem a escolha legal de levar a gravidez adiante ou não. A estrutura de saúde publica não tem condição de dar assistência às crianças com este problema neurológico. As famílias pobres já criam seus filhos com dificuldades diante das doenças comuns da infância, tais como simples problemas respiratórios, quando se trata de uma doença da gravidade da microcefalia, o quadro é ainda mais complexo.

Prevenção

É importante que ocorra prevenção em massa da microcefalia, com imediata contratação de novos agentes de saúde e incorporação dos temporários, , capacitação de estudantes no combate ao mosquito para atuação, como na faculdade de medicina de Olinda, em que os estudantes visitaram moradores do bairros e arredores na busca aos focos do mosquito Aedes, transmissor da dengue, chikungunya e zika. Também que haja exame diagnostico do mosquito gratuito e distribuição de repelentes não tóxicos gratuitos para gestantes.

 
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