EFE/EPA/STRINGER
Neste domingo, o exército golpista de Mianmar atacou a zona industrial de Hlaing Tha Yar, um dos bairros mais populosos e com maior concentração de trabalhadores do país. A mídia local noticia pelo menos 14 mortes nesta área, que é uma das cidades-satélites da capital Yangon, além de outras 14 na própria capital. A repressão foi desencadeada depois que duas fábricas de capital chinês foram incendiadas.
A embaixada chinesa disse que muitos funcionários chineses ficaram presos e ficaram feridos após ataques incendiários realizados por agressores não identificados contra fábricas de roupas no distrito industrial de Hlaing Tha Yar e que pediu a Mianmar que proteja a propriedade e os cidadãos chineses.
Após o massacre, o exército declarou a lei marcial na área. Como denunciou Andrew Tillett-Sacks, ativista e sindicalista do país, em sua conta no Twitter trata-se de “um massacre dirigido aos trabalhadores e aos sindicatos” que são os que resistem ao golpe de estado.
A rede de televisão Myawadday, comandada pelo exército, disse que as forças de segurança agiram depois que quatro fábricas de roupas e uma fábrica de fertilizantes foram queimadas e cerca de 2.000 pessoas impediram que caminhões de bombeiros chegassem a elas.
As últimas mortes elevariam o número de vítimas dos protestos para mais de 100, enquanto o grupo de defesa da Associação de Assistência a Presos Políticos afirmou que até sábado, mais de 2.100 pessoas também haviam sido detidas.
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