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PLENÁRIA NACIONAL DO PÃO E ROSAS
Diana: "Rosa pensava os dilemas da classe operária, era sua forma de defender as mulheres"
Redação

Confira fala final de Diana Assunção, dirigente do Pão e Rosas e do MRT, na plenária nacional do Pão e Rosas que ocorreu nesse sábado, dia 06/03.

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Eu estou ouvindo aqui cada uma de vocês falaram, ouvindo atentamente as trabalhadoras que estiveram na linha de frente e toda essa juventude vibrante que está se expressando aqui. Vocês podem achar que são muito jovens e que não podem nada, mas as novas gerações podem tudo.

Não sei se vocês conhecem a Rosa Luxemburgo, uma grande dirigente socialista. Bom, ela começou a militar com a ideia de muitas de vocês, no colégio secundarista participando de um movimento socialista clandestino na Polônia há mais ou menos 100 anos... eles não tinham Tik Tok, nem Twitter nem Instagram, mas eles conversavam de coisas muito parecidas com o que estamos debatendo hoje: a situação das mulheres e a revolução socialista. Mas essa mulher, cujo nascimento completou 150 anos ontem, não foi grandiosa por ser uma lutadora, participar de lutas ou se dizer feminista. Ela foi grandiosa porque ela pensava nos grandes dilemas da classe operária internacional, e essa era sua forma de defender profundamente as mulheres.

Ela sofreu todo tipo de preconceito nesse caminho vivendo em ambientes majoritariamente masculinos como na político e também por isso dava o maior valor para as amizades femininas num mundo capitalista que quer que as mulheres sejam competidoras. Mas não foi só isso: Rosa foi uma mulher de partido, acreditava na necessidade de construir um partido para revolução operária e socialista, debatia qual era a estratégia, qual a relação entre greve de massas e a tomada do poder, enfrentou os reformistas, enfrentou os oportunistas, enfrentou as traições e por tudo isso foi assassinada.

Diana Assunção e Letícia Parks acompanhando a plenária

Nós vingaremos a sua luta e a sua história. Porque ela, sendo parte de um mesmo marxismo com Lenin e Trotski, abriu o caminho para as novas gerações, nela podemos nos inspirar. Para defender hoje um feminismo socialista que não somente corre nas nossas veias contra todo tipo de opressão mas que tem uma estratégia. Como a Alice disse que possa unificar essa nova geração de meninas com as operárias que carregam nas suas vidas e no seu corpo as marcas da exploração e da opressão, mas que carregam também o poder transformador da luta de classes.

Como fundadora do grupo de mulheres Pão e Rosas Brasil me enche de orgulho, me dá força e me faz ter certeza que a decisão que tomei há 15 anos de dedicar minha vida pela revolução socialista não somente é correta como permite encontros como esses, por isso que também luto pela construção de um partido revolucionário ao lado das minhas camaradas e dos meus camaradas homens do MRT, em especial meu companheiro inseparável Marcello Pablito que está nos vendo nesse momento. Rosa Luxemburgo diante da I Guerra Mundial retomou a ideia de que a humanidade estava diante do "socialismo ou da barbárie". Em uma época de crises, guerras e revoluções, em que vemos a pandemia vir pra cima da nossa classe, a pandemia não é um xeque mate contra a nossa classe! Não nos derrotará, Bolsonaro e os golpistas não vão vencer! Das mulheres negras dos Estados Unidos às operárias têxteis de Miamar somos linha de frente pra destruir o velho mundo e construir um mundo novo, pra que tenhamos direito não somente ao pão mas também as rosas. Por isso, como dizia Rosa: a revolução é fantástica, todo o resto é besteira! Vem militar com o Pão e Rosas!

 
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