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CORONAVÍRUS NO RS
Enquanto Melo mantinha tudo aberto, Porto Alegre teve aumento de 55% de sepultamentos
Bruna Camargo
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Fonte: REPRODUÇÃO/JC

Iniciamos o mês de fevereiro com números desesperadores, de acordo com recorde de mortes é o pior momento da pandemia desde 2020. O número de sepultamentos aumentou em 55,3% nesse mês de fevereiro em relação à média do mês nos cinco anos anteriores na capital Porto Alegre. A conta que pesa nas costas de Melo é de 1.143 enterros ou cremações (40,8 por dia) em oposição a 736,2 em média, entre os anos de 2016 a 2020.

Eduardo Leite pressionado pela situação decretou bandeira preta em todas as cidades do Rio Grande do Sul. Mas isso é feito em um momento que se empilham corpos na capital, o hospital privado Moinhos de Vento chegou a contratar um contêiner na última terça-feira (2) para armazenar pessoas que morreram em decorrência da Covid-19, pois não há mais espaço para mortos nos necrotérios.

Não há espaço nos necrotérios, mas há nos cemitérios de acordo com Vicente Perrone (secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico e Turismo) em fala concedida a Zero Hora nesta quarta-feira. Mesmo com o aumento de 21,8% dos sepultamentos em comparação a 2019 e com o excedente de mortos que não são sepultados na capital que correspondem a 40%, o secretário assegura que os serviços funerários não estão em colapso.

Eleito com o discurso de manter ‘cidade aberta’ o prefeito Sebastião Melo (MDB) guiou Porto Alegre rumo ao caos sanitário agravado nesta semana. A política assassina de Bolsonaro levou o Brasil 1.910 mortes em 24h nesta quarta-feira (3), esse número só confirma que o importante para esse governo é garantir o lucro de um conjunto de capitalistas. A situação do Rio Grande do Sul e de sua capital não mente, Melo e o governador Eduardo Leite estão ao lado na política de Bolsonaro e empilham corpos em Porto Alegre.

O que não fecha na conta de recuperação da economia de Melo, Leite e Bolsonaro é que aqui esses números representam vidas perdidas, em sua grande maioria de trabalhadores pressionados pelo patrão a ir ao seu local de trabalho de forma insalubre em meio à pandemia. Os comerciantes da capital se dizem ao lado de Sebastião Melo e fazem buzinaços para abrir ‘tudo’, enquanto se enterram mais corpos. É preciso defender urgentemente a necessidade de quebra das patentes das farmacêuticas para um plano universal de vacinação, combinado a políticas de combate à pandemia, como testes massivos e a estatização dos leitos, sob controle dos trabalhadores da saúde. Só assim podemos parar com a política assassina de Bolsonaro e os golpistas.

 
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