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CARTA DO MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO DE TRABALHADORES
Carta do MRT aos militantes do PSOL e seu Congresso
MRT - Movimento Revolucionário de Trabalhadores

Movimento Revolucionário de Trabalhadores, que impulsiona o Esquerda Diário, se dirige ao PSOL, que realizará seu congresso nos dias 4, 5 e 6 de dezembro

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Vivemos um momento nacional marcado por ajustes, ataques aos trabalhadores e direitos sociais, corrupção (impunidade) e tragédias capitalistas. O processo de impeachment da presidente Dilma aberto esta semana recoloca a necessidade de uma alternativa independente que não esteja nem com o governo e nem com a direita, uma vez que a disputa nas alturas vai ser maior pra capitalizar o desgaste do governo pela direita ao mesmo tempo que o governo e os petistas de plantão vão aprofundar a idéia de mal menor pra defender este governo de ajustes.

Enquanto tudo isso ocorre, existe resistência operária, da juventude e das mulheres. Mas as direções petistas nos movimentos de massas (CUT, UNE e outras entidades governistas) tem um claro papel de contenção e desvio para que desta resistência (seja nas fábricas ou nas escolas) não surja um movimento independente do governo e da direita.

Neste cenário surge a Frente Povo Sem Medo que é um instrumento a serviço deste papel de contenção e desvio. Não se trata de uma frente independente, mas uma frente junto com CUT e UNE, e que nas últimas semanas deu um salto para se aliar diretamente com parlamentares do PT, PDT, PCdB e Rede, como ficou claro no lançamento da Frente no Rio de Janeiro lado a lado com o petista "lava-jato" Lindbergh Farias.

Ao mesmo tempo, a entrada de políticos oriundos de partidos burgueses no PSOL (vindos do PDT e do PSB) combinada a esta insistência em sustentar uma frente de conciliação com o PT termina sendo uma orientação política que golpeia as possibilidades do PSOL confluir com as tendências de massas que não somente resistem, mas que estão dispostas a tirar conclusões pela esquerda da experiência com o PT.

Não é a toa que esta orientação política empurra a que a maioria das figuras públicas e parlamentares do PSOL dediquem grande parte do seu tempo e de suas mídias para denunciar somente a corrupção de Eduardo Cunha ou a luta contra o conservadorismo da direita, enquanto amenizam e diluem as críticas ao governo Dilma.

Por tudo isso chamamos os delegados do Congresso do PSOL a votarem a ruptura imediata com a Frente Povo Sem Medo e a rechaçar a entrada dos políticos burgueses como Glauber Braga (ex-PSB) e Brizola Neto (ex-PDT) no PSOL. No Congresso do PSOL surgiram muitos escândalos públicos de fraude nas eleições de delegados, estes métodos estão profundamente relacionados a orientação política que vem sendo adotada de dar mais importância para as alianças com burocratas sindicais e carreiristas de todo tipo visando objetivos eleitorais do que se ligar à luta de classes e enraizar-se na classe trabalhadora.

Se o PSOL decide rever a atual orientação de subordinação desse partido a alianças com o PT e setores burgueses, consideramos que a entrada do MRT como uma de suas tendências internas pode fortalecer essa batalha e contribuir para que a desilusão com o petismo não termine em mais desmoralização nem seja capitalizada pela direita. Esse foi o sentido da proposta de entrada no PSOL que aprovamos em nosso congresso em julho desse ano.

O MRT nesta situação política nacional busca contribuir para colocar de pé um verdadeiro movimento nacional contra os ajustes e a impunidade, o que é impossível fazer ao lado das direções petistas, que implementam parte dos ajustes e garante a impunidade dos corruptos junto com a oposição de direita. Defender a Constituinte Exclusiva junto com o PT implica em alimentar ilusões em uma auto-reforma do regime pelas mãos dos próprios corruptos.

Por isso chamamos a lutar para pela força da mobilização independente das massas, impor uma Assembléia Constituinte Livre e Soberana para buscar uma saída de fundo para a crise econômica e política enfrentando a corrupção, os ajustes, o retrocesso nos direitos das mulheres mas também enfrentando os grandes problemas estruturais do país como a dependência em relação ao imperialismo, a concentração de terras, as catástrofes provocadas pelos grandes monopólios privados, entre outros.

 
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