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REABERTURA DAS ESCOLAS
Mais de 500 escolas municipais de SP não reabrirão por falta de estrutura para combate a COVID
Redação

Professores e pais se queixam da diminuição de efetivo de limpeza nas escolas, demitidos por Covas durante a pandemia, e da ausência de reformas estruturais para readequação os espaços de acordo com protocolos protetivos.

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(Foto: Agência Brasil)

Ao menos 530 escolas não vão abrir hoje por falta de auxiliares de limpeza que foram demitidos recentemente e pelo menos 50 com reformas estruturais em andamento para buscar se adequar aos protocolos sanitário da COVID 19, apesar de a prefeitura ter tido 11 meses para realizar as obras. As 580 unidades escolares equivalem a 14,5% do total de escolas municipais.

Nada aparentemente foi feito pela prefeitura de São Paulo para tentar preparar um retorno seguro nas escolas municipais. É o que atestam as centenas de escolas que não abriram por decisão dos conselhos escolares pela ausência de medidas básicas para o combate a COVID.

O motivo de pelo menos 530 escolas não reabrirem hoje é a diminuição do número de auxiliares de limpeza nas escolas. Números que num cotidiano pré-pandemia já eram insuficientes para manter a higiene ideal de diversas escolas, hoje sofreram reduções drásticas em seus quadros devido a demissão de auxiliares de limpeza pela prefeitura de Bruno Covas durante a pandemia, aumentando a precarização das condições de ensino.

Na EMEF João de Deus, a prefeitura reduziu de 11 para 3 auxiliares, 1 para cada turno. A (CEI) Suzana Campos Tauil, com 120 crianças matriculadas, tem somente duas auxiliares de limpeza e, de acordo com o relato de uma mão de aluno, a escola recebeu da empresa terceirizada apenas um pano de chão e nenhum material de limpeza.

“Em 2019 retiraram da equipe de limpeza mais de 40 trabalhadores, e a escola fica em um local imenso, que tem EMEI, EMEF e CEI, tudo dentro do mesmo terreno. Ficaram de 16 a 20 funcionários da limpeza”, comentou para o G1 Ailton Amorim, Integrante do conselho da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) CEU Caminho do Mar na Zona Sul.

A prefeitura recentemente rescindiu o contrato com a terceirizada responsável pela limpeza das escolas municipais por alegar abandono de contrato por parte da empresa contratada. A prefeitura afirma estar buscando as vias legais para resolução do imbróglio com a empresa contratada, mas o problema principal, a garantia de limpeza das escolas de acordo com os protocolos de biossegurança pra COVID 19, muito longe de ter sido garantido, está mais distante do que nunca, com escolas sendo limpas por funcionários do setor administrativo e professores como relatou o G1 em reportagem recente. A empresa terceirizada retirou os equipamentos de limpeza das escolas, levando até dispensers de sabonete líquido dos banheiros e áreas de higienização obrigando professores e funcionários a levarem os materiais de casa.

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Pelo menos 50 unidades escolares não vão reabrir por problemas estruturais e inadequação com os protocolos sanitários par o combate a COVID 19.

Famílias do Conselho do CEI Suzana Campos Tauil , em carta de protesto reclamam que “os banheiros não foram adaptados conforme protocolo da Prefeitura, ou seja, não têm ventilação adequada. As salas de aula deveriam ficar com as portas abertas para otimizar a circulação de ar, segundo o protocolo, mas não poderemos manter abertas as portas das salas 3, 4 e 5 enquanto não for providenciado um portão baixo para limitar a entrada e saída das crianças, porque há um risco de segurança física”.

A comunidade escolar da EMEF Professora Maria Antonieta D’Alkimin Basto, em carta aberta reclama que “devido a uma arquitetura específica de nossa unidade, com janelas pequenas, a ventilação das nossas salas de aula, pátio e salas administrativas é precária, não sendo possível adequações suficientes para diminuir o risco de contágio. Além disso, o prédio da unidade está em processo de tombamento por conta de sua arquitetura, o que impossibilita reformas que alterem sua aparência externa”.

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Falta de ventilação tem sido um dos principais questionamentos de pais e professores no que diz respeito as questões estruturais das escolas para receberem os alunos. Junto com a falta de profissionais da limpeza, materiais básicos de higiene, produtos de limpeza e equipamentos, retratam o quadro da educação na cidade de São Paulo e o descaso com que trata a população a prefeitura de Bruno Covas do PSDB, que junto com João Dória no estado, colocam em risco crianças, adolescentes, professores e toda a comunidade escolar com o retorno irresponsável e inseguro que busca impor para beneficiar os grandes empresários da educação de São Paulo que pressionam pela volta as aulas.

 
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