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FORD
Trabalhadores da Arteb paralisam contra demissões, decorrentes do fechamento da Ford
Redação

Os trabalhadores na Arteb, em São Bernardo - SP, aprovaram em assembleia na manhã desta terça-feira (26) a paralisação da produção contra as demissões iniciadas na segunda-feira (25) na fábrica, que produz faróis e lanternas para linhas de montagem e reposição de autopeças.

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Foto: Adonis Guerra/Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

As consequências do fechamento de unidades da montadora Ford no Brasil já é sentida pelo conjunto da classe trabalhadora das fábricas de autopeças. A Arteb, fábrica de faróis e lanternas para as linhas de montagem e mercado de reposição de autopeças, começou a enviar cartas demissionais aos trabalhadores.

Não se sabe quantos serão demitidos, ou quantos receberam os avisos, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, mas as informações são de que pelo menos metade dos operários serão dispensados. Uma consultoria contratada pela empresa alega que a fábrica pode rodar com apenas 50% do efetivo, que atualmente é de 870 trabalhadores.

É necessário lutar para que a manutenção dos lucros dos empresários não seja colocada acima da vida de milhares de trabalhadores. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a perda potencial de postos de trabalho será muito maior, contando toda a cadeia entre efetivos e terceirizados: 118.864 mil postos de trabalho diretos e indiretos e serão encerrados em 2021. Isso é equivalente a mais de R$2,5 bilhões de perda de massa salarial aos trabalhadores.

A luta tem que se unificar e se expandir, com unidade entre efetivos e terceirizados, com as diversas categorias de trabalhadores de todo o país, assim como estudantes, para vencer esse ataque da empresa, e também as reformas de Bolsonaro e dos golpistas. Por isso, as centrais sindicais como a CUT e a CTB (PT e PCdoB), que dirigem sindicatos da Ford e centenas de sindicatos de trabalhadores pelo país, devem colocar toda sua força para isso, para essa unidade, e romper com as negociações que conciliem com os interesses da patronal e não tumultuem a saída da montadora do país.

Em meio ao agravamento da pandemia que coloca na ordem do dia a necessidade de produzir mais insumos hospitalares, tubos de oxigênio, respiradores e outros equipamentos necessários para os tratamentos de saúde, porque não se coloca também na ordem do dia que os trabalhadores tomem essas plantas da Ford para produzir? Poderiam por exemplo reconverter a produção e produzir o que for necessário para que o SUS possa garantir o combate à pandemia.

Veja também: Barrar as demissões na Ford: que as centrais sindicais construam uma forte luta nacional

 
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