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DESCASO CAPITALISTA
Em meio a crise sanitária, falta de água afeta mais de 2 milhões na Grande Recife
Redação

Em Pernambuco, 2 millhões são afetados pelo novo calendário de abastecimento de água, em meio a quase 250 mil casos e 10 mil mortes provocadas pela Covid-19. Moradores da Grande Recife devem enfrentar o desabastecimento de água, elemento primordial para a manutenção da higiene em dias comuns, negado em meio a maior pandemia das últimas décadas.

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Com a média móvel de casos e mortes em alta de 24% desde a última terça-feira (19), os números da pandemia no Pernambuco se aproximam dos 250 mil casos e 10.152 vidas perdidas. Mas não é somente a crise sanitária e o descaso dos governos que pesam nos ombros dos pernambucanos.

Uma crise de abastecimento de água se intensifica com a previsão de chuvas abaixo do esperado para os próximos meses. A empresa responsável pelo abastecimento, Compesa, de capital misto, divulgou novo calendário que aumenta os dias sem água para cerca de 2 milhões de pessoas que vivem na Grande Recife.

Em Olinda, de um dia com água e quatro dias sem, o calendário passa para sete dias sem água e um dia com, o racionamento atingirá todas as cidades da Região Metropolitana. Moradores de bairros da cidade realizaram um ato para denunciar que a Compesa não só mantém milhões de pessoas sem acesso à água, como mente e não cumpre os calendários de abastecimento que ela mesma divulga. Moradores das regiões atingidas denunciam que passam semanas sem nenhuma gota d’água.

É um absurdo que se amontoa em cima de outros absurdos. Em meio à crise sanitária que já causou 10 mil mortes no Estado, milhões de trabalhadores pernambucanos enfrentam o desemprego e os ataques contra suas condições de vida e trabalho, coordenados e comemorados por figuras que vão desde Bolsonaro até Rodrigo Maia e o STF. Agora, devem enfrentar também o desabastecimento de água, elemento primordial para a manutenção da higiene em dias comuns, mas que é negado em meio a maior pandemia das últimas décadas.

Mas não é somente o teto de gastos a nível federal que propicia a situação de caos que atinge as camadas mais pobres da população. O governador do Estado, Paulo Câmara, do PSB, partido que integra a dita “oposição” ao governo Bolsonaro, também é responsável direto pela calamidade que enfrentam mais de 2 milhões de pernambucanos.

A Compesa deve servir ao interesse básico de acesso à água, e não o interesse de seus acionistas que nela investem capital, buscando lucrar com a sede. O capitalismo busca de todas as formas fazer com que os trabalhadores paguem pela crise econômica e sanitária, negando até o direito básico à água. Para isso, é necessário que o regime de economia mista seja abolido na empresa, o que só poderá ser feito através da luta dos seus trabalhadores em conjunto à população de Pernambuco e a gestão operária da empresa. Somente assim, os problemas mais básicos como o desrespeito ao calendário de abastecimento e as crescentes contas, como os problemas infra estruturais do Estado, podem ser resolvidos.

 
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